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Preço do bitcoin se aproxima de US$ 18 mil com otimismo do mercado nos EUA

Maior criptomoeda do mundo segue em alta após dados macroeconômicos dos Estados Unidos sinalizarem melhora na inflação

Bitcoin volta a subir ainda em 2022 (SEAN GLADWELL/Getty Images)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 18h32.

Nesta terça-feira, 13, o mercado cripto reforçou os sinais de que pode se recuperar ainda em 2022. Depois de um ano marcado por uma série de acontecimentos que derrubaram os preços em mais de 65%, o bitcoin e as principais criptomoedas voltam a subir em consonância com o otimismo do mercado nos Estados Unidos após a divulgação de dados importantes sobre a macroeconomia do país.

Cotado a US$ 17.767, o bitcoin se aproximou ainda mais dos US$ 18 mil ao longo do dia, quando chegou a ser cotado em US$ 17.964, segundo dados do CoinGecko. A recuperação é bastante significativa para a criptomoeda, que havia caído para cerca de US$ 15 mil no último mês após a falência da FTX, uma das maiores empresas do setor.

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O ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, é cotado a US$ 1.320, com alta de 4% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko.

CPI e aumento na taxa de juros

Com a capacidade de influenciar toda a economia mundial, o cenário atual dos Estados Unidos sinaliza uma possível melhora na inflação norte-americana, que bateu recordes dos últimos 40 anos em 2022. Isso significa que os aumentos na taxa de juros do país podem se tornar mais brandos.

Historicamente, aumentos agressivos na taxa de juros geram aversão ao risco e prejudicam a cotação de ativos de risco, como as ações e criptomoedas, que vêm sofrendo ao longo do ano. Segundo a ferramenta de acompanhamento do CME Group, 79,4% dos investidores esperam que o próximo aumento seja de 0,50%, ao invés de 0,75%, conforme ocorreu nas últimas vezes.

Na próxima quarta-feira, 14, está agendada a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA (FOMC) para divulgar o novo aumento. Esta será a última reunião do ano.

Além do discurso do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, ter sinalizado uma postura mais branda do Fed, a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA nesta terça-feira, 13, também animou investidores de que novos aumentos agressivos na taxa de juros podem não ocorrer.

"O mercado cripto, assim como outros ativos de risco, respondeu bem a divulgação do CPI, principalmente porque os números demonstram que o Fed está mais próximo de conseguir controlar a inflação nos EUA. Com um controle mais próximo, a expectativa do mercado agora é de que uma redução no ritmo de aumento na taxa de juros do país aconteça amanhã, trazendo ainda mais confiança para que investidores tomem risco no curto prazo”, comentou Lucas Josa, analista de ativos digitais no BTG Pactual.

Caso FTX

Não só o Federal Reserve e a economia dos Estados Unidos impulsionam a cotação do bitcoin e das principais criptomoedas no momento, mas a justiça do país também.

Sob ordens dos Estados Unidos e com a ajuda do FBI, Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, foi preso na última segunda-feira, 12, nas Bahamas.

Praticamente um mês depois de um dos maiores colapsos da história do mercado de criptomoedas, o “caso FTX” pode estar chegando ao fim. A corretora de criptomoedas saiu de segunda maior do mundo para a falência em menos de uma semana no último mês, surpreendendo e deixando muitos investidores em um prejuízo bilionário.

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