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Preço do bitcoin atinge o seu menor valor em novembro: é hora de comprar?

Em forte movimento de baixa, bitcoin atinge os US$ 59.000 pela primeira vez no mês de novembro, se aproxima de suporte importante e pode oferecer uma nova oportunidade de compra para investidores de longo prazo

Bitcoin e ether são cotados no momento por 60.385 e 4.252 dólares, respectivamente (Yuriko Nakao/Getty Images)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 16 de novembro de 2021 às 11h31.

Última atualização em 16 de novembro de 2021 às 11h33.

Por Lucas Costa*

O bitcoin inicia a semana em correção, após ter atingido sua máxima histórica na semana passada, chegando a ser cotado em US$69.000, com uma valorização de aproximadamente 3,50%. O criptoativo acumulou uma valorização de aproximadamente 75% entre o final de setembro e seu topo histórico, o que pode preocupar alguns investidores dado o forte movimento dos últimos meses. É importante ressaltar que a tendência segue de alta, e um dos princípios básicos da análise técnica é que “a tendência é válida até ser revertida”.

O gráfico diário mostra uma correção, após falha de rompimento do topo anterior em US$66.999, mas que foi suficiente para renovação da máxima histórica. O preço começa a trabalhar abaixo da média móvel de 21 períodos, indicando enfraquecimento de movimento. A pernada de alta formada entre 21 de setembro e 20 de outubro (seta azul) forma uma figura chamada pivô de alta, que pode ser projetada para definição de objetivos de preço e retrações de Fibonacci, que são níveis de preço que atuam como suporte baseado em proporções de Fibonacci. Dito isso, os principais suportes se mantêm nas retrações de 38,2% em US$56.532 e 61,8% em US$50.065, caso existam correções. O rompimento do topo histórico em US$66.999 ativou a figura citada e tem alvos em US$78.345 (141,4% de Fibonacci) e US$83.930 (161,8% de Fibonacci).

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A expectativa é dos próximos dias é de uma correção do movimento, pelo menos até a retração de 38,2% de Fibonacci em US$56.532, que pode ser um bom ponto de posicionamento estratégico para maximização de um bom risco-retorno, uma vez que não desconfigura a tendência de alta e pode retomar a pressão compradora. A sugestão para quem está posicionado é subir os stops para próximo dos US$55.000, que caso perdido, pode trazer correções mais profundas em US$46.065.

Fonte: https://br.tradingview.com/ (Lucas Costa/Divulgação)

Ethereum (ETH/BTC)

O ether, criptomoeda nativa da Ethereum, corrigiu aproximadamente 3,12% na última semana e é negociado a 0,07046BTC, mantendo uma tendência de alta no curto prazo, apesar de sua consolidação nos últimos 5 dias. O preço testa o fundo anterior em 0,07045, sendo necessário se manter acima desse importante suporte nos próximos dias. O Índice de Força Relativa, que mede capacidade de aceleração de tendência, se encontra perto de 50, demonstrando enfraquecimento de movimento (o mesmo foi observado em outros criptoativos). Apesar dos últimos sinais técnicos serem pessimistas, ressaltamos que a tendência ainda é de alta, com formação de topos e fundos ascendentes, e alinhamentos altistas das médias móveis (demonstrando deslocamento de preço). A expectativa dos próximos dias é de novo teste da retração de 76,4% de Fibonacci do último movimento de queda em 0,07572BTC, caso a média móvel de 200 períodos não seja perdida em 0,06735BTC.

Fonte: https://br.tradingview.com/ (Lucas Costa/Divulgação)

Hora de comprar a queda?

Usualmente, uma boa parcela dos investidores que estão inseridos no mercado de criptoativos há um certo tempo enxergam movimentos de correção em uma tendência de alta como uma oportunidade de aumentar suas posições. Nesse sentido, temos como destaque a estratégia "buy the dip", ou compre a queda em português, que surge como uma das mais utilizadas por investidores de longo prazo, que tentam sempre comprar os ativos quando eles estão com um preço reduzido devido à um movimento de baixa.

Por conta da rápida queda vivenciada nas últimas 24h, de acordo com o Santiment, uma plataforma de dados sobre o mercado de criptoativos, o número de buscas pela estratégia buy the dip teve um grande aumento, demonstrando que o movimento de baixa talvez não esteja sendo visto como algo preocupante, mas sim como uma oportunidade de aumentar a exposição à esta classe de ativos.

Fonte: santiment.net (Santiment/Divulgação)

Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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