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Bitcoin e todas as criptos do top 50 despencam; mercado perde US$400 bi

Comentários do CFO do Twitter, avanço de lei nos EUA e alta do dólar aceleram fluxo vendedor do mercado cripto, que vê forte que em quase todas as criptomoedas

Bitcoin e todas as 50 maiores criptomoedas do mundo amanheceram com forte queda nesta terça-feira (matejmo/Getty Images)

Bitcoin e todas as 50 maiores criptomoedas do mundo amanheceram com forte queda nesta terça-feira (matejmo/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 16 de novembro de 2021 às 10h49.

Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 15h38.

O mercado de criptoativos amanheceu nesta terça-feira, 16, com um verdadeiro "banho de sangue", como se diz quando a maioria dos ativos opera no vermelho. A queda acentuada derrubou o preço do bitcoin e do ether, as duas maiores criptomoedas do mundo, em mais de 10%.

Com a correção acentuada, o bitcoin atingiu sua mínima em 10 dias e volta a ser negociado no mesmo patamar de preço que estava no início de novembro. O movimento tem uma série de fatores como justificativa, sendo os principais deles o avanço da lei de infraestrutura dos EUA, comentários do diretor financeiro do Twitter sobre o mercado cripto e a máxima em 16 meses do dólar.

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A queda no preço dos criptoativos fez com que 400 bilhões de dólares (quase 2,2 trilhões de reais) em vendas fossem efetuadas em poucas horas, derrubando o valor de mercado total do setor de 2,8 trilhões para 2,4 trilhões de dólares, segundo dados do CoinMarketCap.

No momento da publicação, todas as 50 maiores criptomoedas do mundo, com exceção das stablecoins, cujo preço é fixo, são negociadas em forte queda.

O bitcoin, que chegou a cair para menos de 60 mil dólares, no momento é negociado a 60.350 dólares, com queda de 8,5% nas últimas 24 horas. Já o ether está cotado em 4.250 dólares, com quase 11% de queda.

CFO do Twitter, avanço de lei nos EUA, força do dólar...

O fluxo vendedor no mercado cripto começou durante as primeiras horas do dia na Ásia, depois que o Wall Street Journal citou Ned Segal, CFO do Twitter, dizendo que investir dinheiro em criptomoedas como a bitcoin "não faz sentido" agora.

Segal citou a volatilidade dos preços e a falta de regras contábeis para esses ativos como fatores críticos que impedem a empresa de diversificar para criptomoedas.

Embora nunca tenha havido qualquer expectativa de que o Twitter anunciasse investimentos em cripto, os comentários de Segal provavelmente forneceram um motivo para os investidores deixarem de assumir alguns riscos na esteira do dólar em alta e da controversa exigência regulatória introduzida pelo projeto de lei de infraestrutura de 1 trilhão de dólares assinado pelo presidente norte-americano Joe Biden na segunda-feira, 15.

O projeto de lei de infraestrutura exige que as corretoras forneçam à Receita dos EUA, informações sobre os indivíduos que estão negociando quantias acima de 10.000 dólares em criptomoedas. O mercado cripto mostrou preocupação com a possibilidade de a definição da palavra “corretoras” descrita na lei ser muito ampla, colocando mineradores, operadores de nós e outras empresas que não são corretoras sob o mesmo guarda-chuva tributário das exchanges, criando desafios fiscais para os investidores.

Além disso, o índice do dólar, que rastreia o valor do dólar em relação às principais moedas fiduciárias, atingiu uma nova alta em 16 meses, de 95,50 no início desta terça, devido aos temores persistentes de que o Federal Reserve possa recorrer a aumentos antecipados das taxas de juros para conter a inflação.

Aumentos nas taxas de juros são geralmente otimistas para as moedas domésticas e pesam sobre os hedges de inflação percebidos, como bitcoin e ouro. Como o ouro, o bitcoin também é precificado em dólares americanos. dólares. Portanto, um dólar em alta é considerado pessimista para a criptomoeda.

Analistas afirmam que, diante deste cenário, o bitcoin pode sofrer uma queda ainda maior no curto prazo. “Percebemos que algumas vendas maiores ocorrem na corretora Bitfinex, bem como a abertura de novas posições vendidas”, disse Matthew Dibb, COO e cofundador da Stack Funds. "Enquanto as liquidações [fechamento forçado de posições] até agora estão bastante baixas pelo padrão histórico e as taxas de financiamento estão se aproximando de zero, podemos ver um arrefecimento adicional no BTC para o curto prazo, já que o momentum está começando a estagnar".

Martin Cheung, trader de opções da Pulsar Trading Capital, disse que o movimento descendente representa uma correção saudável e pode se estender ainda mais, possivelmente chegando à faixa de 55.000 dólares. “Temos visto fluxos de baixa no mercado de opções desde o final da semana passada”, Cheung disse à CoinDesk. "Os enviesamentos de put-call mudaram para uma tendência de baixa."

Apesar da forte queda, as principais criptomoedas do mundo ainda acumulam lucros consideráveis em prazos de tempo maior. O bitcoin, apesar de ter caído 0,3% nos últimos 30 dias, soma 106% de ganhos desde o início do ano. Já o ether, mesmo com a queda de quase 11% nesta terça, ainda soma alta de 11% nos últimos 30 dias e 485% ao longo do ano.

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