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Paraguai anuncia megaoperação para combater mineração ilegal de bitcoins

País realizou 43 intervenções contra operações ilegais em 2023 e vai implementar nova estratégia para intensificar combate à prática

Bitcoin é liberado no mercado por meio da mineração (Foto/Reprodução)

Bitcoin é liberado no mercado por meio da mineração (Foto/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 22 de março de 2024 às 15h09.

Última atualização em 22 de março de 2024 às 15h25.

As autoridades do Paraguai anunciaram na última quinta-feira, 21, a criação de uma nova estratégia de combate à mineração ilegal de bitcoin no país. O Ministério Público e o Poder Judicial paraguaios serão os responsáveis por implementar o plano em meio a uma disparada de operações ilegais nos últimos anos.

Em um comunicado sobre o tema, as autoridades destacaram que a mineração ilegal de criptomoedas têm "afetado a qualidade do serviço de energia elétrica" no Paraguai. Nesse sentido, o país pretende "articular ações conjuntas voltadas para o combate às ligações irregulares no fornecimento de energia elétrica por pessoas que exercem atividade de criptomineração".

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"Entre as primeiras ações a serem gerenciadas está a assinatura de um Acordo de Cooperação Interinstitucional com o Ministério Público, no qual serão incorporados aspectos relacionados a perseguição e punição dos atores do ato punível de furto de energia elétrica, de forma que os processos judiciais culminem na individualização e punição dos responsáveis", destaca o comunicado.

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça do Paraguai afirmou também que haverá um esforço por parte do Poder Judiciário do país para "agilizar os processos judiciais relacionados com o referido ato punível", buscando dar mais eficiência ao combate à mineração ilegal de bitcoins.

As autoridades destacaram que, de 2019 até 2024, foram realizadas 60 queixas contra operações ilegais que estão em investigação ou já com apreensões em andamento, além de 43 operações de intervenção e fechamento de redes de mineração ilegal apenas em 2023. No total, as operações encerradas no ano passado usavam 90 MW de energia, equivalente a quatro vezes a demanda da cidade de Villarrica, que tem mais de 70 mil habitantes.

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O comunicado diz ainda que as operações ilegais de mineração de bitcoin seriam "uma das principais causas dos transtornos que recentemente afetaram a qualidade e a confiabilidade do serviço de energia elétrica, além de causarem sérios danos patrimoniais aos interesses do Estado".

O Paraguai tem ganhado destaque internacional no mercado de mineração de criptomoedas devido à abundância de fontes renováveis de energia e com um custo baixo, garantindo mais lucratividade para as operações de mineração e evitando a associação do processo com impactos no meio ambiente.

Em outubro de 2023, uma empresa de mineração anunciou que vai usar a energia gerada pela Usina de Itaipu em suas operações através da compra do excedente de energia renovável da usina que está localizada na fronteira entre Paraguai e Brasil.

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