Segundo analistas, a movimentação é evidência do sucesso do projeto, apesar das preocupações com sua sustentabilidade (Yuichiro Chino/Getty Images)
A criptomoeda LUNA, do blockchain Terra, viu a quantidade de tokens em circulação cair para sua mínima histórica – de 482 milhões de unidades em novembro para 346 milhões atualmente, segundo a plataforma Smart Stake. Desse número, somente 90 milhões estão disponíveis no mercado, ou seja, fora de staking e outras aplicações que bloqueiam o ativo. A cripto, negociada atualmente a US$ 91,09 atingiu seu maior preço no dia 5 de abril, quando chegou a US$ 118, segundo dados do CoinMarketCap.
Segundo analistas, a movimentação é evidência do sucesso do projeto, apesar das preocupações com sua sustentabilidade no longo prazo. “Isso resulta em uma movimentação de preços grande para LUNA, já que não há somente uma quantidade significativa de compradores, mas também uma redução na oferta”, disse Dustin Teander, analista de blockchain na Messari. “Ambas as forças empurram o preço de LUNA para cima, até o ponto em que estamos agora”.
Fundado em 2018, o protocolo é alvo de críticas por aqueles que tem dúvidas sobre sua habilidade de se manter de pé. O blockchain Terra usa stablecoins atreladas a moedas fiduciárias para permitir o funcionamento de sistemas de pagamento com preços estáveis. Segundo o white paper do projeto, trata-se de uma combinação da estabilidade de preços e adoção das moedas fiduciárias aliadas a descentralização do bitcoin, oferecendo processamentos rápidos e baratos.
O preço da LUNA é atrelado à UST, stablecoin com preço baseado no dólar norte-americano. Um algoritmo destrói permanentemente e emite novos tokens LUNA para manter o balanço entre oferta e demanda. Ou seja, quando UST está cotada a mais de US$ 1, LUNA é queimada para emitir USD, já quando a stablecoin perde seu valor, é queimada para emitir LUNA.
No último ano, o valor de mercado de UST explodiu, saindo de menos de US$ 2 bilhões para mais de US$ 18 bilhões, em parte por conta do sucesso do Anchor Protocol, que oferece retornos de quase 20% ao ano. “Para conseguir os 20%, as pessoas precisam adquirir UST, o que envolve comprar LUNA primeiro e queimá-la por UST”, explicou Teander.
Apesar disso, analistas alertam que isso não torna LUNA um ativo deflacionário. Se a demanda de UST cair, ele será queimado para garantir a estabilidade de preços, diluindo o estoque de LUNA.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok