Open Finance completou 3 anos no Brasil em 2024 (Getty Images/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 2 de junho de 2024 às 12h00.
Com três anos recém-completados aqui no Brasil, o Open Finance vem amadurecendo expressivamente no país atingindo seus principais objetivos: incentivo à inovação, promoção da concorrência, eficiência do sistema financeiro e cidadania financeira.
Com mais de 40 milhões de consentimentos ativos, o número representa o aumento da confiança dos usuários, que vem na esteira da performance do sistema: novas instituições financeiras e a especialização dos serviços que atendem às necessidades específicas dos consumidores e promovem a eficiência dos mercados.
Permeando esse cenário, temos ainda pesquisas que indicam que 49% dos clientes se sentem confortáveis em aderir ao sistema porque têm conhecimento das premissas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e, por conta disso, confiam no sigilo de seus dados financeiros, especialmente com bancos tradicionais.
Ao longo destes três anos de implementação de Open Finance no Brasil, o mercado vem pavimentando um espaço de oportunidades baseado em cidadania financeira. Mesmo porque, para incluir novas soluções, tecnologias e oportunidades no dia a dia dos usuários, é preciso gerar confiança.
E isso só acontece por meio do conhecimento. O esforço nesse sentido é, então, de promover educação sobre o uso responsável e vantajoso dos serviços financeiros.
É uma linha do tempo de respeito, literalmente, por ser sustentada em um trabalho sério e responsável, que coloca o Brasil em destaque em relação a outros países, sendo considerado, de acordo com a Open Finance Index, um dos líderes no setor.
O leque de produtos que faz parte da ampliação do Open Finance no Brasil, como o Open Insurance (mercado de seguros) e o Open Investiments (investimentos), por exemplo, vai alcançar clientes interessados em fazer a gestão da vida financeira de forma integrada, inclusive em uma única plataforma.
Esse conceito de integração das soluções só será possível porque o investimento em tecnologia prevê o uso de recursos sofisticados oferecidos pela inteligência artificial e o machine learning, que melhoram o sistema de ponta a ponta: da personalização à segurança.
Por tudo isso, é justo olhar para o futuro do Open Finance no país com uma lente otimista. As expectativas são promissoras com expansão e aprimoramentos contínuos: tanto pelo fomento tecnológico, quanto pela geração de serviços financeiros inclusivos e personalizados.
E, claro, onde há desenvolvimento, há demanda por atualização das regulamentações. Acredito que podemos esperar por isso junto com um pacote de novas medidas de segurança que chegarão para garantir a equidade no ecossistema financeiro.
*Flávio Querci é coordenador de Open Finance na TecBan.