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Nubank segue concorrentes com stablecoin e novas funções em cripto

Plataforma cripto do Nubank ganha novas funções e criptomoeda lastreada em dólar após demandas de clientes

(Nubank/Divulgação)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de dezembro de 2023 às 15h45.

Última atualização em 5 de dezembro de 2023 às 17h23.

Nesta terça-feira, 5, o Nubank anunciou uma série de novidades no seu serviço de negociação de criptomoedas. A fintech brasileira se diz otimista em relação aos potenciais da tecnologia blockchain e não quis ficar para trás de outros concorrentes que também investem no setor, como Itaú e BTG Pactual.

A partir de hoje, o Nubank disponibilizará gradualmente a negociação da stablecoin USDC aos seus clientes. O lançamento coloca o Nubank como uma das instituições financeiras que promove o acesso à dolarização através da tecnologia blockchain, já que a USDC é uma criptomoeda que acompanha o valor do dólar norte-americano.

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Emitida pela Circle, a USDC é a segunda maior stablecoin do mercado, com capitalização de US$ 24,2 bilhões atualmente, de acordo com dados do CoinMarketCap. A disponibilização da USDC pelo Nubank “abre muitas possibilidades de caso de uso”, afirmou Thomaz Fortes, diretor executivo do Nubank Cripto em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 5.

"A integração do USDC ao Nubank Cripto abre grandes oportunidades não apenas para o cliente interessado em ter este dólar digital em sua carteira. A partir desta oferta e das características do USDC da Circle, passamos a estudar possibilidades futuras de integração do Nubank Cripto também com outros serviços financeiros disponíveis em nosso app", disse Thomaz Fortes.

“Não é uma stablecoin algorítmica, ela tem lastro. Então estamos muito animados”, acrescentou o executivo. Em 2022, as stablecoins algorítmicas, que não possuem lastro e se baseiam na tecnologia blockchain para manter o seu valor pareado ao dólar, se tornaram um assunto polêmico no setor após o colapso da UST/LUNA.

Em um comunicado, Jeremy Allaire, CEO e cofundador da Circle, empresa por trás da USDC, afirmou que a parceria com o Nubank é um “passo importante em direção à construção do novo sistema financeiro digital”.
"Continuamos a presenciar uma forte demanda em toda a América Latina pelo acesso ao dólar digital, especialmente no Brasil, que tem se destacado como uma força motriz para o uso e adoção de criptomoedas na região", acrescentou.

Novas funções e parcerias

Relatando uma demanda por parte dos clientes, o Nubank Cripto adicionou novas funções à sua plataforma. Além de alertas de preço e compra programada, a partir do primeiro trimestre de 2024 os investidores de criptomoedas no Nubank poderão sacar e depositar seus ativos sem a necessidade de liquidar suas posições.

A fintech alega ter se baseado no perfil de seus investidores de criptomoedas para mapear o lançamento de novas funções e criptomoedas.

Segundo o Nubank, 24% do mercado cripto e 12% de sua base de investidores é composta de "cripto visionários". Tratam-se de investidores com foco no longo prazo que querem segurança, informação, experiência guiada, confiança, personalização, benefícios e conveniência.

Além disso, Thomaz Fortes afirmou acreditar que os "cripto visionários" são os evangelistas que vão ajudar a levar cripto para uma adoção em massa, já que confiam no potencial da tecnologia blockchain e suas mais diversas aplicabilidades que vão além, inclusive, do investimento em criptomoedas.

A fintech busca parcerias com empresas nativas do setor cripto para atender aos pedidos dos clientes. Além da Circle, o Nubank anunciou nesta terça-feira, 5, uma parceria com a Talos para o roteamento inteligente de provedores de liquidez.

A Fireblocks também colabora com o Nubank para o gerenciamento de operações de ativos digitais no blockchain e a Chainalysis, na análise de dados em blockchain para o desenvolvimento de soluções em conformidade regulatória e de segurança.

1,6 milhão de clientes e expectativas para 2024

Em 2023, o Nubank teve cerca de R$ 1,5 bilhão em volume transacionado com criptoativos e 1,6 milhão de clientes ativos investindo no setor.

Para 2024, a expectativa da fintech é continuar desenvolvendo soluções no setor em conformidade com a regulação vigente e colaborando no Drex, a moeda digital brasileira que está sendo desenvolvida pelo Banco Central.

Thomaz Fortes acredita que a economia do futuro será tokenizada e para isso, o Drex desempenhará um papel crucial. Para além da moeda digital, a intenção do BC é que o Drex seja uma "plataforma multiativos".

"Estamos focados em tokenização de título público no Drex. Estamos bastante otimistas sobre essa plataforma multiativo que o BC fala. A economia se digitalizar acho que vai vir muito dessa tecnologia que cria uma plataforma multiativos", disse o executivo em uma coletiva de imprensa.

Luan Fleck, líder sênior de produtos no Nubank, acrescentou que o Nubank está comprometido com os casos de uso do Drex, apoiando a tese já defendida pela CVM de que os ativos já nascerão digitais a partir de determinado momento.

"A gente ve no Drex uma oportunidade muito importante. A gente continua muito comprometido, o time Nu Cripto continua investindo em casos de uso.A gente acredita que os ativos ja nascerão digitais a partir de um determinado momento, mas a gente acha que em um primeiro momento muita coisa vai ser tokenizada. É natural que a gente queira participar desse processo de forma pioneira", disse.

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