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MercadoPago monitora mercado e deve oferecer serviços com criptomoedas

Presidente da fintech diz está analisando o mercado cripto 'de perto' e indica adesão ao setor; MercadoLivre já tem bitcoin em seu balanço patrimonial

Presidente do MercadoPago indica que companhia pode seguir passos de concorrentes e oferecer serviços com criptoativos (Divulgação/Divulgação)
GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 3 de agosto de 2021 às 16h21.

Última atualização em 3 de agosto de 2021 às 17h10.

Depois de anunciar a compra de quase 8 milhões de dólares em bitcoin, o MercadoLivre deve mergulhar ainda mais fundo no mercado de criptoativos e oferecer aos seus usuários a possibilidade de guardar e transacionar criptomoedas na plataforma do seu braço financeiro, o MercadoPago.

A informação foi divulgada por Osvaldo Gimenez, presidente da fintech: "Este início de compra de criptomoedas mostra que estamos convencidos de que há um potencial muito grande. Acreditamos que isso pode ser revolucionário para as finanças, então vamos ver qual é a melhor forma, mas de alguma forma vamos participar", disse, em entrevista à Bloomberg.

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O executivo citou o caso de duas empresas concorrentes que passaram a oferecer serviços ligados aos criptoativos nos EUA, indicando que o MercadoPago pode seguir pelo mesmo caminho: "Nunca anunciamos com antecedência quais produtos vamos lançar, mas vimos o que eles estão fazendo, e é algo que estamos analisando de perto, então vamos aguardar para quando pudermos fazer um anúncio", falou, em referência à CashApp e Venmo.

Gimenez também comentou sobre a decisão do Mercado Livre de permitir anúncios de imóveis com preços em bitcoin. Inicialmente, a empresa indicou que possibilitaria os pagamentos com a criptomoeda, mas o executivo explicou que o ativo digital é usado apenas para precificação, e não para as operações em si: "O ramo imobiliário é mais sobre estratégias de marketing e sobre mostrar como alguns imóveis são precificados em criptomoedas, mas não é possível pagar por um imóvel em criptomoedas".

Com valor de mercado de quase 78 bilhões de dólares, o MercadoLivre, que foi criado na Argentina, está no topo da lista das maiores empresas da América Latina, atrás apenas da brasileira Vale (108 bilhões de dólares). Segundo relatório do Goldman Sachs, o MercadoPago responde por 60% do valor da companhia.

Apenas no Brasil e no México, são cerca de 50 milhões de usuários, o que aumenta a expectativa dos participantes do mercado de criptoativos sobre os potenciais impactos positivos que a entrada da empresa no setor poderia provocar. Em 2020, o PayPal acelerou o movimento de alta do bitcoin quando anunciou que permitiria aos seus usuários armazenar, comprar, vender e usar criptomoedas em sua plataforma.

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