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Louis Vuitton avança no metaverso e lança concurso que premia em NFTs

A gigante do mercado de luxo investe cada vez mais no seu relacionamento virtual com clientes e agora lança NFTs de avatares exclusivos, com os quais irá presentear usuários

Vivienne é um antropomorfismo do famoso monograma da empresa (Louis: The Game/Reprodução)

Vivienne é um antropomorfismo do famoso monograma da empresa (Louis: The Game/Reprodução)

Uma das maiores marcas de luxo do mundo, a Louis Vuitton anunciou mais um lançamento de NFTs na última semana. O lançamento vai integrar o seu aplicativo “Louis: The Game” e é uma forma da Louis Vuitton mostrar ao público que pretende investir ainda mais no relacionamento virtual da marca com seus clientes.

Desde que foi fundada em 1854, a Louis Vuitton precisou se reinventar com o passar dos anos para se adaptar à novas tecnologias e atender as demandas de seus clientes. Com os NFTs, não é diferente. A marca já havia lançado tokens não fungíveis em agosto do último ano, e agora renova a iniciativa.

Em parceria com a Wenew Labs, a empresa pretende distribuir NFTs gratuitamente para os usuários do “Louis: The Game” que mais coletarem itens dentro do jogo. Serão 10 tokens não fungíveis sorteados entre os mais bem colocados em um ranking, que estará disponível até 4 de agosto, segundo a Vogue Business.

(Mynt/Divulgação)

A intenção da marca é atrair um público mais jovem, ao passo que o educa sobre os quase 200 anos de história da Louis Vuitton. Por isso, os jogadores deverão encontrar 16 páginas de manuscritos da Louis Vuitton, que reúnem detalhes sobre a vida do fundador da marca e seus produtos.

Por trás da Wenew Labs, está um nome de peso no mundo dos NFTs. O lendário artista Beeple é responsável pelo segundo NFT mais caro do mundo, vendido por US$ 69,3 milhões, vendido em março de 2021.

Em conjunto com a Wenew Labs, Beeple ajudou no desenvolvimento dos NFTs que retratam Vivienne, um antropomorfismo do famoso monograma da empresa. Vivienne desfila uma série de looks da marca e pode ser utilizada como avatar nas redes sociais, modelo que se tornou uma tendência mundial após o sucesso de coleções como CryptoPunks, Bored Ape Yacht Club e World of Women.

Baixado mais de 2 milhões de vezes, segundo a Louis Vuitton, o aplicativo da marca faz sucesso ao utilizar uma estratégia diferente de seus concorrentes. Ao invés de transportar o seu comércio de luxo para o blockchain com itens exclusivos, como Dolce & Gabbana e a coleção Collezione Genesi, a Louis Vuitton optou por não precificar seus itens virtuais por enquanto, preferindo o engajamento jovem e o controle sobre as experiências que oferece.

Em outras ocasiões, o presidente executivo da LMVH Moët Hennessy Louis Vuitton SE chamou a atenção por suas críticas ao metaverso, ambiente virtual em que muitas marcas estão investindo para a comercialização de NFTs e a oferta de experiências imersivas online. Bernard Arnault teria dito estar “cauteloso com a bolha do metaverso”, segundo a Vogue Business. No entanto, a empresa e suas maisons continuam lançando projetos envolvendo a tecnologia, além de liderar a Aura Blockchain Consortium, organização sem fins lucrativos composta por Louis Vuitton, Prada, Cartier e outras marcas de luxo para desenvolver iniciativas no blockchain.

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