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Larry Fink: bitcoin é um 'ativo do medo' diferente de outros investimentos

CEO da BlackRock afirma que principal demanda pela criptomoeda parte de investidores receosos em relação à situação econômica global

BlackRock: CEO considera bitcoin diferente de outros ativos (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

BlackRock: CEO considera bitcoin diferente de outros ativos (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 8 de dezembro de 2025 às 14h40.

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Larry Fink, CEO da BlackRock, afirmou na última quinta-feira, 4, que o bitcoin é um "ativo do medo". Na prática, o líder da maior gestora de ativos do mundo acredita que a criptomoeda conta com uma lógica de preço distinta de boa parte dos investimentos do mercado, que não contam com os mesmos catalisadores de demanda.

Fink explicou que, tradicionalmente, ações e outros investimentos tradicionais do mercado são "ativos de esperança". Ou seja, os investimentos são motivados pela expectativa de que esses ativos vão subir e que o cenário econômico global será positivo e favorável.

Mas o quadro seria o exato oposto no caso do bitcoin. "O bitcoin é um ativo do medo. Você tem bitcoin porque você está assustado em relação à sua segurança física. Você tem ele porque você está assustado em relação à sua segurança financeira".

O CEO da BlackRock disse que investidores com maior demanda por criptomoeda são exatamente os que têm receios em relação à estabilidade financeira global, à situação geopolítica internacional e ao crescente endividamento de países, em especial grandes economias.

Por causa dessa dinâmica, Fink avalia que o bitcoin tende a bater recordes de preço quando a incerteza dispara no mercado. Já em cenários de pouco medo, a criptomoeda tende a operar em queda, sem uma demanda significativa por parte dos investidores.

O futuro do bitcoin

Para o CEO da BlackRock, "a razão fundamental de longo prazo para você ter o bitcoin é a tese de desvalorização". O executivo se refere ao chamado "debasement trade", um conceito que tem ganhado força no mercado e que se refere ao crescente endividamento público em diversos países.

A teoria parte desse cenário para projetar uma desvalorização gradual de moedas fiduciárias. Se o movimento se confirmar, ativos como as criptomoedas poderiam ser os mais beneficiados, já que não contam com uma ligação direta com os países e suas moedas.

A relação do bitcoin com o "debasement trade" também foi apontada pelo JPMorgan em um relatório em outubro, afirmando que a criptomoeda seria uma boa aposta para aqueles que acreditam em uma incapacidade dos governos de reduzir suas dívidas públicas.

Apesar do otimismo, Fink também compartilhou um alerta sobre a criptomoeda: "Um dos principais problemas do bitcoin é que ele ainda é altamente influenciado por investidores alavancados. Se você investe nele para o trade, ele é um ativo muito volátil. Você precisa ser muito bom no timing do mercado, e a maioria das pessoas não é".

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