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Juiz autoriza aquisição da Voyager pela Binance apesar de oposição da SEC

Empresa falida de empréstimos com criptomoedas aceitou acordo com o braço da corretora nos Estados Unidos

Empresa de empréstimos com criptomoedas declarou falência em 2022 (the-lightwriter/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 8 de março de 2023 às 10h50.

O juiz Michael Willes, da corte do Distrito Sul de Nova York, autorizou na terça-feira, 7, a continuidade do processo de aquisição da empresa de empréstimos com criptomoedas Voyager pelo braço da exchange Binance nos Estados Unidos. A autorização contraria a Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC.

Em sua decisão, Willes disse que ainda vai analisar mais detalhadamente o acordo de venda, mas que está inclinado a aprová-lo. Inicialmente, a Voyager havia aceitado uma proposta de aquisição pela FTX, mas a exchange declarou falência em novembro, levando ao acordo com a Binance.

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O acordo foi avaliado em US$ 1,02 bilhão e descrita pela empresa falida de empréstimos com criptomoedas como a "melhor" proposta, tendo em vista seu objetivo de "maximizar o valor devolvido aos clientes e outros credores em um prazo acelerado". Mesmo assim, a SEC se opôs à venda.

Em janeiro, a agência reguladora alegou uma falta de “informações indispensáveis" sobre o acordo, como a capacidade da Binance.US de financiar a aquisição e como ocorrerá o retorno dos fundos de clientes prejudicados pela falência da companhia.

Além disso, o regulador também requisitou que a Voyager fornecesse mais detalhes sobre o que aconteceria caso a transação não fosse concluída até 18 de abril. A SEC destacou que comunicou suas preocupações à empresa e seus credores, mas eles aprovaram o acordo.

Na mesma audiência em que o juiz anunciou sua decisão, os advogados que representam a Voyager disseram que os credores poderão recuperar até 73% dos fundos graças ao acordo. O valor é maior que as estimativas iniciais e cresceu, em parte, devido à melhora do mercado de criptomoedas.

Além da SEC, reguladores dos estados do Texas e de Nova Jersey criticaram a aquisição, mas o juiz determinou que os argumentos e críticas eram menos importantes que a continuidade do processo de reestruturação financeira da Voyager. Ele avaliou ainda que os reguladores não apresentaram "argumentos fortes" o suficiente para parar o acordo.

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