Future of Money

JPMorgan diz que reguladores dos EUA tem "algum controle" da cripto USDT

Analistas do banco avaliam que estratégia de reservas da criptomoeda pareada ao dólar cria risco de influência de autoridades do país

USDT é uma das stablecoins pareadas ao dólar mais usadas no mercado (Reprodução/Reprodução)

USDT é uma das stablecoins pareadas ao dólar mais usadas no mercado (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 14h00.

Analistas do banco JPMorgan divulgaram um relatório na última quinta-feira, 15, em que afirmam que a stablecoin USDT possui algumas vulnerabilidades devido à sua "dependência" do mercado dos Estados Unidos. A avaliação leva em conta a estratégia de garantia de paridade da criptomoeda em relação ao dólar.

No relatório, os analistas levam em conta os dados de reservas financeiras divulgadas pela Tether, empresa criadora da USDT. Os dados apontam que, dos quase US$ 100 bilhões em reservas, US$ 80 bilhões envolvem investimentos diretos ou indiretos em títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

A alta exposição aos títulos faz o JPMorgan considerar que os reguladores podem "exercer algum grau de controle" na stablecoin e na Tether por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), mesmo com a empresa não tendo sede nos Estados Unidos.

"Embora as ações legais diretas contra entidades offshore e empresas descentralizadas sejam complexas, medidas indiretas e cooperação internacional poderiam potencialmente dificultar o uso do Tether", ressaltam os analistas do JPMorgan no relatório.

Além disso, o banco considera que possíveis regulamentações para stablecoins no futuro gerariam uma "pressão indireta" na USDT e reduziriam a atratividade do ativo, já que resultariam em novas stablecoins mais transparentes e em linha com regras que deverão ser criadas nos Estados Unidos.

"As regulamentações de stablecoins, em particular, devem ser coordenadas globalmente através do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) em todo o G20, restringindo ainda mais o uso de stablecoins não regulamentadas, como o Tether", pontuam os analistas.

Na visão do JPMorgan, medidas recentes anunciadas pela Tether para aumentar a transparência da USDT e do seu sistema de reservas ainda "não são suficientes" para reduzir as preocupações em torno do projeto e do seu funcionamento.

Atualmente, a USDT é responsável por mais de 70% de todo o mercado de stablecoins no mundo. Na visão do banco, esse grau de dominância é "ruim" para o ecossistema cripto, já que possíveis problemas no projeto teriam um impacto negativo significativo para o setor.

Sabia que você pode investir nas stablecoins USDT, USDC, BTG Dol e muitas outras moedas digitais direto no app da Mynt? E tudo isso com a segurança de uma empresa BTG Pactual! Clique aqui para abrir sua conta gratuitamente.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasCriptoativosJPMorgan

Mais de Future of Money

ETF de bitcoin da BlackRock já é maior que os 2,8 mil ETFs lançados nos últimos 10 anos

Bilionários do bitcoin lucram R$ 46,2 bilhões em uma semana com disparada após eleição de Trump

Bitcoin pode chegar a US$ 500 mil e "está só no início", projeta gestora

FBI inspeciona casa de fundador do Polymarket e apreende celular e outros eletrônicos