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JPMorgan e Barclays dizem que caso XRP pode beneficiar ação da Coinbase

Relatórios avaliam que decisão em processo entre Ripple e SEC pode servir como jurisprudência positiva para a corretora de criptomoedas

Coinbase se tornou alvo de um processo movido pela SEC (Michael Nagle/Getty Images)

Coinbase se tornou alvo de um processo movido pela SEC (Michael Nagle/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 17 de julho de 2023 às 17h52.

Última atualização em 17 de julho de 2023 às 18h51.

Os bancos JPMorgan e Barclays divulgaram relatórios nos últimos dias em que afirmam que a decisão favorável à Ripple em um processo aberto pela SEC sobre o XRP pode beneficiar a corretora de criptomoedas Coinbase e suas ações. Atualmente, a exchange também é alvo de um processo aberto pelo regulador dos Estados Unidos.

Em um relatório divulgado na sexta-feira, 14, o JPMorgan avaliou que "a Coinbase está na melhor posição para ser beneficiada pela melhora de confiança e clareza regulatória, considerando que a Coinbase possui uma liderança no mercado e uma reputação respeitada na indústria".

Para os analistas do banco, o julgamento "na superfície, parece ser uma vitória para a Coinbase". O relatório destaca que a SEC ainda poderá entrar com um recurso e a decisão que definiu que o XRP não é um valor mobiliário pode ser revertida. Porém, se isso não ocorrer, o caso poderá servir de precedente no embate entre SEC e Coinbase.

Em junho, o regulador americano abriu um processo contra a Coinbase, afirmando que a corretora de criptomoedas estaria oferecendo ilegalmente valores mobiliários sem autorização. Na época, ela classificou 13 ativos, incluindo Solana e Polygon, como valores mobiliários.

Entretanto, um juiz americano definiu que o XRP não poderia ser considerado um valor mobiliário "por si só" ou quando foi ofertado em corretoras de criptomoedas. A opinião cria um precedente favorável para a Coinbase. Além disso, o JPMorgan disse que "segue otimista em relação ao ecossistema cripto no longo prazo" e que o desfecho do julgamento "reduz incertezas".

Já os analistas do Barclays disseram nesta segunda-feira, 17, que veem a decisão como "positiva para a Coinbase, dada a interpretação de que, em alguns casos, um token pode não ser um valor mobiliário. Isso também pode fornecer clareza incremental para futuras emissões de tokens".

Mesmo assim, o JPMorgan manteve sua recomendação neutra para a ação da Coinbase negociada na bolsa de Nasdaq. O Barclays também manteve sua recomendação de venda, com preço-alvo de US$ 70. O ativo fechou a sessão desta segunda-feira cotado a US$ 105,55, com alta diária de 0,23%.

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Entenda o caso XRP

Após um longo processo que já durava anos, o juiz responsável pelo caso da SEC contra a Ripple, empresa por trás da criptomoeda XRP, decidiu que o ativo não é um valor mobiliário não registrado, como alegava a autarquia. A decisão determinou que a venda de XRP em corretoras não configura contratos de investimento, apesar da venda institucional dos tokens ter violado as leis federais de valores mobiliários.

"Dissemos em dezembro de 2020 que estávamos do lado certo da lei e estaremos do lado certo da história. Grato a todos que nos ajudaram a chegar à decisão de hoje - uma que é para todas as inovações criptográficas nos EUA. Mais por vir", afirmou o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, no Twitter após a decisão.

A decisão no caso era amplamente esperada pelo mercado de criptomoedas devido ao seu potencial de estabelecer uma jurisprudência que permitiria classificar diversos tokens como valores mobiliários, com potencial de impacto grande para diferentes projetos. Com a vitória no caso, esses ativos conseguiram fôlego para valorização e acompanhar a alta recente do bitcoin.

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