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Itaú: 'nossas perspectivas são bastante positivas para o bitcoin em 2024'

Head de Digital Assets do Itaú revela as perspectivas do banco sobre o cenário cripto e o Drex no próximo ano

Itaú (Itaú/Wikimedia Commons)

Itaú (Itaú/Wikimedia Commons)

Publicado em 1 de janeiro de 2024 às 10h00.

Última atualização em 1 de janeiro de 2024 às 12h58.

Em 2023, o mercado de criptoativos deixou o “inverno cripto” para trás e conquistou grandes players do mercado financeiro como a BlackRock, que aguarda a autorização da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) para lançar um ETF de bitcoin à vista.

No Brasil, o Itaú se juntou a outros bancos como BTG Pactual e Nubank e agora oferece a negociação de bitcoin e ether na plataforma Íon. Guto Antunes, head de Digital Assets do Itaú, compartilhou com a EXAME suas perspectivas para o mercado cripto e o Drex em 2024.

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Bitcoin vai subir?

Depois de bater recordes de preço em 2023, o bitcoin pode continuar subindo no próximo ano. As perspectivas do head de Digital Assets do Itaú são bastante positivas em relação à maior criptomoeda do mundo e uma possível aprovação do ETF de bitcoin à vista nos EUA.

“Então nessa ótica, você tendo ETFs aprovados, um ciclo virtuoso no mercado com o halving, menos remuneração para os mineradores, o que de certa forma gera uma pressão de venda menor no bitcoin, você tem um movimento de compra maior a partir daí. O cenário leva a isso. Mas a gente tem sempre de lembrar que o bitcoin é volátil, vive bastante da questão da notícia”, disse Antunes em entrevista à EXAME.

“Hoje a gente acredita que está um pouco precificado essa primeira aprovação de ETF, então quando nós analisamos, daqui para a frente é só subir? Não, você pode ter uma realização de lucros como qualquer mercado em cima da notícia que já foi precificada e quando ela acontece o mercado ao invés de subir cai. Então o investidor tem de estar preparado para esse movimento”, acrescentou o executivo.

Drex

Além da novidade com a negociação de bitcoin e ether no Itaú, o banco também participa do projeto piloto do Drex, a moeda digital desenvolvida pelo Banco Central que tem previsão de lançamento em 2024. Para Guto, o próximo ano será de desafios para o projeto, que conforme relatado pela EXAME, pode enfrentar inclusive o desfalque de profissionais qualificados no Banco Central após o movimento Drexit, de funcionários que reivindicam aumento salarial na autarquia.

“A gente ainda está em uma fase muito intensa de testes no Drex. Agora estamos olhando a questão de privacidade da rede. Então a gente sabe que por ser blockchain como conceito ela tem de ser aberta, mas você não consegue ter uma rede aberta em que você tenha alguns bancos interoperando nela. Então você precisa ter a questão de privacidade desenvolvida. E essa característica de privacidade tem sido testada até esse momento e a gente vê até o BC falando isso, que ainda deixam as transferências que deveriam ser atômicas um pouco mais lentas”, contou Guto em entrevista.

“Então a gente tem esse desafio para 2024, de achar a solução de privacidade que seja mais eficiente para a Hyperledger Besu, blockchain que usamos hoje nos testes, para que a partir de maio a gente consiga de forma propositiva, fazer com que os participantes do piloto tragam casos de uso reais”, disse.

“Acredito que de maio de 2024 em diante vamos começar a ver casos criados pelos participantes para que a gente entenda qual o impacto do Drex no nosso dia a dia. Que seja uma venda de carro ou até no mundo da tokenização, para que a gente entenda no final de 2024 ou no início de 2025 qual vai ser o cronograma do BC para adoção da população de uma forma geral”, concluiu o executivo.

Lei das Criptomoedas

A regulação será um forte apoio para o desenvolvimento de iniciativas cripto por parte dos bancos, além do próprio desenvolvimento do Drex. Segundo Guto Antunes, a conclusão do aspecto infralegal da lei 14.478 pode aumentar a adoção e chamar a atenção de players internacionais para o Brasil.

“Esperamos, dentro de uma agenda regulatória, primeiro a conclusão desse aspecto infralegal da lei 14.478, a nossa lei do Marco Regulatório dos Ativos Digitais para que a gente possa ver uma adoção maior com segurança e o nosso cliente entendendo o que ele vai investir a partir da educação, que foi algo que a gente viu faltar no ciclo anterior”, disse.

“Isso logicamente vai chamar a atenção de outros players internacionais, a gente vê isso nas conversas que temos tanto com outros bancos quanto com exchanges que estão olhando para o Brasil de uma forma muito carinhosa, não só por sermos early adopters da criptoeconomia e já estarmos entre os maiores países que mais consomem criptoativos no mundo. Essa adoção é vista com muito carinho por todos os players lá fora”, acrescentou.

Para Guto, a regulação de criptoativos no Brasil é uma das mais avançadas do mundo, com oportunidades para o Itaú e outros bancos.

“A regulação ajuda demais também. A gente discute que o Brasil talvez seja a regulação mais avançada em nível mundial e também com os bancos entrando, não só o Itaú mas outros grandes bancos, eles olham a criptoeconomia de uma forma especial dado que a gente tem toda essa evolução de quadro regulatório”, concluiu.

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