Startup permite investir em royalties de música cantada por Maiara e Maraisa
Fãs poderão lucrar a partir de desempenho das músicas já existentes da Tropa de Hitz que ficaram famosas nas vozes de Maiara e Maraisa, Zé Neto e Cristiano, Bruno e Marrone e Diego e Victor Hugo
Mariana Maria Silva
Publicado em 25 de maio de 2022 às 20h21.
Última atualização em 27 de maio de 2022 às 12h07.
O cenário musical sertanejo é o novo palco para a primeira grande tokenização de música no país. O projeto utiliza a tecnologia blockchain para distribuir royalties de música e assim, fazer com que fãs possam lucrar com músicas que ficaram famosas nas vozes de Maiara e Maraisa, Zé Neto e Cristiano e outros nomes de destaque.
A parceria entre a plataforma TuneTraders e os compositores da Tropa de Hitz e do grupo 608 vai transformar grandes sucessos da música sertaneja em uma possibilidade de investimento. Quem comprar os tokens das músicas disponíveis vai receber um número de royalties autorais para cada cota e, durante os próximos três anos, ganhará receitas de streaming e de execução pública da cota da obra adquirida, inclusive quando for regravada por outros artistas ou produzida em novas versões.
“O que estamos fazendo é facilitar o acesso e entendimento das pessoas a um universo de infinitas possibilidades que o blockchain, o NFT e seus contratos inteligentes estão trazendo. É algo tangível, monitorável e você tem a possibilidade de ser, além de fã, o coprodutor e poder lucrar com isso. O movimento é global e não só no mercado sertanejo!”, explicou um dos compositores envolvidos no projeto.
A estreia acontece com oito sucessos sertanejos compostos pelos dois grupos mas que ficaram famosos nas vozes de grandes intérpretes como Zé Neto & Cristiano, Maiara & Maraisa, Diego & Victor Hugo e Bruno & Marrone. Já estão disponíveis na plataforma da Tune Traders as músicas “O Alvo”, na voz de Diego e Victor Hugo, “Automaticamente”, com Maiara e Maraisa, “Mulher Maravilha”, “Bom e Bêbado”, “Atentado Pessoal” e “Whisky e Gelo”, nas vozes de Zé Neto e Cristiano, e “Menos um Vagabundo” e “Eu Quero Trégua”, com Bruno e Marrone.
Além dos clássicos sertanejos, a plataforma já trabalhou com lançamentos como a faixa “Travo”, de Paulo Novaes e AnaVitória, e “O tempo não espera” de Zeca Baleiro. A diferença é que agora a empresa foca em músicas já lançadas e que fizeram sucesso entre o público sertanejo, para que os fãs entendam seu consumo e performance a partir de relatórios de desempenho.
“O que vamos fazer é vender direito autoral das obras com o lastro dos royalties, convocando os fãs para se tornarem coprodutores das composições, por meio de uma plataforma segura, em blockchain. Não adianta nada você ser dono de uma música, de uma obra de arte, sem você poder gozar dos dividendos dela. Essa é a nossa premissa e é o que defendemos”, defendeu Carlos Gayotto, o CEO da Tune Traders.
Os investimentos em fundos musicais têm apresentado novas possibilidades de lucro para cantores e compositores brasileiros. Nesse modelo, eles cedem parte dos recebíveis de royalties de uma obra para que coprodutores lucrem sempre que a música for executada em streamings ou em apresentações públicas. Ao negociar, o artista e/ou compositor recebe uma quantia pela cessão.
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