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Investimentos em ouro caem 60% e bitcoin cresce como ativo de proteção

A demanda global por ouro caiu no primeiro semestre de 2021, acompanhando a redução dos investimentos no metal precioso, que caíram 60%, de acordo com um relatório do World Gold Council

A adoção crescente de criptoativos vai fazer com que ativos tradicionais como o ouro continuem perdendo participação nos mercados financeiros globais (Niphon Subsri / EyeEm/Getty Images)

A adoção crescente de criptoativos vai fazer com que ativos tradicionais como o ouro continuem perdendo participação nos mercados financeiros globais (Niphon Subsri / EyeEm/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 25 de outubro de 2021 às 17h23.

Última atualização em 25 de outubro de 2021 às 17h31.

A demanda global por ouro caiu no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, acompanhando a redução nos investimentos no metal precioso, que caíram 60%, de acordo com um relatório do World Gold Council, segundo informações do Marketwatch.

Nos primeiros seis meses deste ano, a demanda mundial de ouro, excluindo os negócios de balcão, totalizou 1.833,1 toneladas métricas, queda de 10% em relação ao ano anterior.

O economista e analista Fernando Ulrich já havia explicado, como noticiou o Cointelegraph, a diferença de comportamento do bitcoin, que registrou recorde de preço nos últimos dias, e do ouro diante das notícias do mercado.

Fernando Ulrich analisou a atual situação do ouro:

“Quando a gente olha a performance do ouro nos últimos meses, depois de bater a máxima de quase 2.100,00 dólares, vem caindo e andando de lado...”

O motivo, segundo o economista, é bem claro:

“Com o ouro sendo um ativo que não rende nada, qual é o meu custo para carregá-lo [mantê-lo]?”...“Quando as taxas sobem, é neste momento que o ouro acaba performando muito mal. E o contrário também é verdade, quando as taxas reais caem, a cotação do ouro sobe.”

Ele explica que diante das incertezas do mercado, “muitos investidores que tradicionalmente enxergam o ouro como um ativo de proteção, começam a migrar, nem que seja marginalmente, para o bitcoin.”

“O bitcoin é o ouro digital, é o ativo final. Olhando as características do ouro, seus atributos que fazem com que o mundo valorize o ouro há milênios, o bitcoin tem muitas dessas mesmas propriedades, sem incorporar muitas das fraquezas do ouro, muitas vulnerabilidades, que são a materialidade, custo de estocagem, custo de transporte, o risco de ter que usar uma contraparte para custodiar e armazenar o ouro, por ser um ativo físico.”

Ele reconhece a importância do ouro:

“Claro que o ouro tem a seu favor milênios de história e de confiança dos indivíduos, mas do ponto de vista tecnológico, o bitcoin é superior, e é por isso que para mim ele é o ouro digital e muitos investidores estão enxergando esse potencial.”

Para ele, o bitcoin está chamando a atenção do mercado:

“O bitcoin está tendo uma boa performance e isso acaba surpreendendo aqueles que são mais céticos e pessimistas com o BTC, por ainda não entenderem a tecnologia."

E se o ouro é ativo de proteção para os investidores mais tradicionais, o bitcoin já pode estar sendo encarado como ativo digital de proteção contra a inflação, como disseram analistas do banco americano J.P. Morgan.

Na visão dos analistas, o recorde de preços atingido pelo bitcoin recentemente teria sido causado pelo temor da inflação, não pela aprovação dos ETFs nos Estados Unidos.

Além disso, um analista da Bloomberg disse que o bitcoin e as demais criptomoedas vão engolir o ouro e outras classes de ativos.

A adoção crescente de criptoativos vai fazer com que ativos tradicionais como o ouro continuem perdendo participação nos mercados financeiros globais, disse Mike McGlone.

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