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Imposto de Renda: Receita Federal fará mudanças nas regras para declaração de criptos

Brasil quer se alinhar ao padrão global para que países troquem informações sobre operações com criptoativos, que bateram recorde de 1,6 milhão

 (Reprodução/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 29 de maio de 2023 às 11h46.

Última atualização em 29 de maio de 2023 às 12h24.

A Receita Federal do Brasil anunciou que fará mudanças nas regras para a declaração de criptomoedas. A Instrução Normativa 1.888 de 2019, que trata da prestação de informações sobre operações com criptoativos pelas corretoras será alterada ainda este ano para alinhar o Brasil com o novo padrão global, definido pela Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE) e aprovado pelos líderes do G20 no final do ano passado.

Este ano, a Receita Federal já incluiu uma novidade na declaração de criptomoedas, que agora pode vir pré-preenchida para aqueles que possuem cadastro no portal Gov.br. Agora, o Relatório Anual da Fiscalização 2022-2023 informa sobre a nova mudança nas regras, que busca entrar em conformidade com o modelo atual do Padrão Comum de Informações (CRS, na sigla em inglês).

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Mudanças na IN 1.888

Dessa forma, a IN 1.888 vai incluir questões que ajudarão a evitar a lavagem de dinheiro e aprimorar processos de “conheça seu cliente” (KYC, na sigla em inglês), ao passo que segue as recomendações do Grupo de Ação Financeira (GAFI) e a regulação do Banco Central. A medida também possibilitará a troca de informações entre países, facilitando a aplicação da lei FATCA, dos Estados Unidos, por exemplo, que busca coibir que norte-americanos usem contas no exterior para sonegar impostos.

“Os declarantes brasileiros serão informados tempestivamente, para se planejarem e se prepararem adequadamente para o cumprimento da obrigação”, afirmou a Receita Federal no Relatório Anual da Fiscalização 2022-2023.

Segundo a Receita Federal, serão inclusos “alguns produtos e entidades obrigadas à prestação de informações, que transacionam produtos como CBDC (moeda digital emitida pelo banco central) e alguns produtos e-money não alcançadas pelo modelo CARF”. O Banco Central do Brasil, por exemplo, já desenvolve a sua própria CBDC, o Real Digital, com lançamento previsto para 2024.

A preocupação dos líderes do G20 sobre as criptomoedas envolve, principalmente, uma possível substituição das moedas fiduciárias pelas criptos e o seu uso para cometer crimes.

Com a expansão deste mercado, que bateu recorde em declarações de pessoas físicas no último mês de março, as criptomoedas chamam a atenção dos líderes mundiais, que prezam pela estabilidade financeira e buscam uma regulação adequada para o setor.

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