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Impacto nas Criptomoedas: exportações da China podem influenciar mercado global e criptoativos

Confira como o bitcoin e as principais criptomoedas podem ser afetadas pelo cenário de exportações na China

Bitcoin tem fim de semana de alta volatilidade, após nova ameaça da China | Foto Marc Bruxelle (Marc Bruxelle/Getty Images)
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 31 de julho de 2023 às 17h57.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, visitou a China neste mês e isso coincidiu com um grande movimento do Ministério do Comércio da China - impondo limites de exportação de gálio (Ge) e germânio (Ge) a partir de 1º de agosto.

Ambos são derivados como subprodutos de minérios de núcleo de mineração, como zinco e bauxita, sendo o germânio mais raro que o ouro.

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Esses materiais são essenciais para eletrônicos e semicondutores de ponta e a China é o principal fornecedor mundial para ambos.

A resposta da China é, na verdade, uma resposta a mais controles de exportação pelos EUA sobre chips de IA. O objetivo é impedir que a Rússia e a China construam infraestrutura de IA como força multiplicadora nas esferas militar e financeira.

Mas, Yellen não é fã desse cabo de guerra sobre os chips. No mês passado, em uma audiência no Congresso, ela foi bastante clara sobre isso:

"Seria desastroso tentarmos nos separar da China. Sem risco, sim. Desacoplar? Absolutamente não."

Ao longo de décadas, os EUA não mediram esforços para elevar sistematicamente a China do comunismo ao próspero capitalismo de Estado. Isso a tornou o centro de manufatura do mundo, responsável por muitos produtos dos EUA.

No ano passado, a China foi responsável por 16,5% de todas as importações dos EUA, com US$ 3,2 trilhões, levando a um déficit comercial favorável à China em 32,4%, segundo dados do Banco Mundial.

Quando se trata de semicondutores na nova corrida de data centers de IA, o tamanho do mercado da China também é formidável, tendo atingido US$ 180,4 bilhões em 2022, de um total de US$ 574,1 bilhões.

É por isso que os EUA. pressionou Taiwan, Holanda e Japão a começar a restringir o acesso da China a máquinas avançadas de impressão de microchips. Essa fabricação complexa exige alta centralização, de modo que o campo de batalha de semicondutores do mundo ainda não está claro, mas já se há uma certeza sobre que haverá uma guerra de chips e isso pode impactar diretamente as empresas produtoras de ASIC's para mineração de Bitcoin.

Além de ser uma potência em tecnologia/metais preciosos, a China também é uma grande detentora de dívida dos EUA, logo atrás do Japão, com US$ 859,4 bilhões. O Brasil possui US$ 214 bilhões em exposição aos títulos da dívida pública dos EUA.

No geral, os movimentos contra a China provavelmente são apenas uma tática de estagnação, já que a interdependência é grande demais para se desvencilhar sem resultados catastróficos.

Chips, IA e mineração

Se a missão de degelo de Yellen for bem-sucedida, os investidores em ações de IA podem respirar à medida que ainda mais restrições de exportação forem removidas da mesa e isso é bom para o mercado de criptomoedas que segue se fundindo ao mercado de IA e muito dependente da manufatura de chips e de integradores chineses.

Quando baniu a mineração de criptomoedas no país em 2021, a China fez com que o preço do bitcoin despencasse e mineradores tiveram que mudar de região para continuar suas atividades, colocando os EUA na liderança do setor.

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