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Hamas está usando blockchain Tron para armazenar fundos, aponta relatório

Governo de Israel afirma que já confiscou 39 carteiras digitais na rede vinculadas aos grupos Hamas e Hezbollah

Hamas e Israel entraram em conflito nas últimas semanas (SOPA Images/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 27 de novembro de 2023 às 17h20.

Última atualização em 27 de novembro de 2023 às 17h27.

A agência de notícias Reuters divulgou um relatório nesta segunda-feira, 27, que aponta que o blockchain Tron roubou o espaço do bitcoin e se tornou a rede mais usada pelas organizações Hamas e Hezbollah para o armazenamento e movimentação de fundos, tentando burlar autoridades internacionais.

De acordo com o levantamento, houve um "aumento significativo" desde 2021 nas apreensões de carteiras digitais hospedadas no Tron. Ao mesmo tempo, a apreensão de carteiras hospedadas na rede do bitcoin teve uma queda, indicando uma mudança no comportamento das organizações.

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O governo de Israel afirma que, apenas neste ano, realizou a apreensão de 87 carteiras digitais no Tron que pertenceriam ao Hezbollah , ao Hamas e à Jihad Islâmica Palestina. O número representa dois terços do total apreendido desde julho de 2021.

Nriganka Pattnaik, CEO da Merkle Science, a empresa de análise de blockchain responsável pelo levantamento, afirmou à Reuters que "anteriormente era o bitcoin, e agora nossos dados mostram que essas organizações tendem a favorecer cada vez mais o Tron".

Já Hayward Wong, porta-voz do Tron, disse à Reuters que todas as tecnologias podem "em teoria serem usadas para atividades questionáveis". Ele afirmou ainda que os responsáveis pelo blockchain não têm nenhum controle sobre as formas como a rede é usada pelos seus usuários.

Uso de criptomoedas por criminosos

Em 10 de outubro deste ano, o governo de Israel divulgou um comunicado em que revelou que congelou cerca de 190 contas nas últimas semanas na corretora de criptomoedas Binance que estariam sendo usadas por grupos terroristas. Não foi informado quanto essas carteiras tinham armazenado.

Já em 16 de outubro, a Tether,empresa por trás da stablecoin USDT, atual terceira maior criptomoeda do mundo, anunciou que congelou mais de R$ 4,2 bilhões em criptomoedas ligadas às guerras em Israel e Ucrânia, além de outros crimes cibernéticos em diversos países, incluindo o Brasil.

O montante de US$ 873.118,34 foi congelado de 32 endereços de carteiras cripto que foram ligadas de alguma forma à crimes cibernéticos, principalmente roubos e ataques hacker.

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