Exame Logo

Halving do Bitcoin: enfim os efeitos chegaram ao mercado

Estamos começando a ver sinais mais claros do desenvolvimento de preços e o choque entre oferta e demanda no mercado

(Reprodução/Shutterstock)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 20 de outubro de 2024 às 13h00.

Por João Canhada*

2024 foi o ano do quarto halving do Bitcoin, para os investidores – dos recém-chegados até os mais experientes –, a criptomoeda poderia apresentar um desempenho melhor. Afinal, uma máxima histórica de US$ 73 mil ainda é muito baixa dentro do consenso. Entre vários fatores, principalmente macroeconômicos, quem sofreu as acusações do “fraco” bull market foi o halving do Bitcoin.

O que muitos não percebem é que, apesar do evento técnico, a construção de preços e o choque entre oferta e demanda leva tempo. E, agora, parece que estamos começando a ver sinais mais claros deste desenvolvimento de mercado.

Veja também

Cada vez menos bitcoin em circulação

Antes de começar a falar sobre esses sinais, é importante expor alguns dados e comportamentos que vão dar suporte à perspectiva de preços do bitcoin, a partir de seu halving. É bom saber que o halving é um mecanismo automático e irreversível no blockchain do Bitcoin, responsável pela deflação do token.

Neste caso, as recompensas aos mineradores recuam 50% a cada quatro anos, isso é o mesmo que afetar a emissão da moeda.

Como consequência, há menos unidades em circulação no mercado. Menos oferta + mesma demanda = choque entre oferta e demanda + preço do bitcoin sobe!

Este é um ciclo diferente?

Historicamente, esse choque entre oferta e demanda trouxe um desempenho bastante positivo para o Bitcoin. Em alguns casos, as valorizações ultrapassam os 1.000%. Então, não à toa, a cada “ciclo” a máxima histórica era renovada, como podemos ver a seguir:

O que chama a atenção para 2024 é que esta máxima foi alcançada um mês antes do halving. Isso abre a possibilidade para “responsabilizar” dois movimentos. Normalmente, se levam de 10 a 12 meses até que o bitcoin alcance uma nova máxima histórica.

O primeiro deles é a aprovação dos ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos. Os fundos ajudaram a popularizar a criptomoeda e dar mais “segurança” aos investidores institucionais que também queriam fazer parte deste mercado, injetando quantidades consideráveis de capital.

Já o segundo movimento é a simples especulação de parte do mercado que “antecipou” a precificação do halving do Bitcoin e realizou lucros quando notou a falta de força deste comportamento. Tecnicamente falando, o halving em si, teve pouca ou quase nenhuma influência direta sobre o desempenho do Bitcoin, mas isso parece estar mudando.

Para finalizar, o halving é um evento técnico importantíssimo para a estrutura econômica do Bitcoin e isso nunca será alterado. Seus impactos dentro do ecossistema serão sentidos até o último bitcoin ser minerado. Até lá, vamos precisar ter muita resiliência para suportar a volatilidade do mercado.

*João Canhada é fundador do Grupo Foxbit.

O JEITO FÁCIL E SEGURO DE INVESTIR EM CRYPTO. Na Mynt você negocia em poucos cliques e com a segurança de uma empresa BTG Pactual. Compre as maiores cryptos do mundo em minutos direto pelo app.Clique aqui para abrir sua conta gratuita.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Leia mais

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasCriptoativosBlockchain

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Future of Money

Mais na Exame