Google abriu processo contra criadores de aplicativos (Cesc Maymo/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 4 de abril de 2024 às 11h14.
O Google abriu nesta quinta-feira, 4, um processo nos Estados Unidos contra dois desenvolvedores de aplicativos que são acusados de terem criado um suposto golpe para roubar vítimas por meio de aplicativos falsos de investimento em criptomoedas que eram oferecidos na Google Play.
De acordo com o processo, os desenvolvedores Yunfeng Sun e Hongnam Cheung teriam cometido "diversos atos de fraude", prejudicando aproximadamente 100 mil usuários do Google. Os aplicativos criados por eles acabaram sendo autorizados pela empresa para serem oferecidos na sua loja de aplicativos, a Google Play.
A gigante de tecnologia afirma que os dois acusados fizeram "múltiplas declarações falsas ao Google para fazer upload de seus aplicativos fraudulentos para a Google Play, incluindo, mas não se limitando a, declarações falsas sobre sua identidade, localização e o tipo e a natureza do aplicativo que seria disponibilizado".
Depois que o aplicativo era disponibilizado na loja do Google, usuários eram atraídos por propagandas prometendo "altos lucros" com o investimento em criptomoedas e outros ativos. O Google pontua, porém, que essas promessas eram "ilusões" e serviam apenas para a vítima fazer o download de um dos aplicativos.
Já no aplicativo, a vítima precisava depositar dinheiro para iniciar os investimentos. Entretanto, ao tentar sacar quantias, as vítimas eram informadas que os saques só seriam disponibilizados caso elas pagassem uma série de taxas, mas mesmo com o pagamento os valores não eram devolvidos. O Google não informou quanto foi efetivamente roubado pelos acusados.
Em entrevista à CNBC, a conselheira-geral do Google, Halimah DeLaine Prado, disse que o processo é "uma oportunidade única para usarmos nossos recursos para realmente combater maus atores que estavam executando um extenso esquema com criptomoedas para enganar alguns de nossos usuários".
"Este processo nos permite não apenas usar nossos recursos para proteger os usuários, mas também servir como uma espécie de precedente para futuros malfeitores, sinalizando que não toleramos esse comportamento", destacou ainda a executiva.
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