Goldman Sachs revela investimentos de R$ 2 bilhões em ETFs de bitcoin
Banco de investimentos informou que possui aportes em sete dos 11 fundos de investimento na criptomoeda autorizados nos EUA
Redação Exame
Publicado em 14 de agosto de 2024 às 16h16.
O banco Goldman Sachs revelou nesta semana que possui cerca de US$ 400 milhões (mais de R$ 2 bilhões, na cotação atual) em investimentos em ETFs de bitcoin . Com isso, a instituição financeira animou investidores ao demonstrar um reconhecimento do potencial da criptomoeda.
A informação faz parte dos relatórios trimestrais enviados pelo banco para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC , e portanto abrange os investimentos realizados nos fundos negociados em bolsa até o mês de junho deste ano. Ao todo, o banco investiu em sete dos 11 ETFs disponíveis.
Dados divulgados pelo Goldman Sachs apontam que o banco possui US$ 238,6 milhões no ETF de bitcoin da BlackRock, US$ 79,5 milhões em participações no fundo da Fidelity, US$ 56,1 milhões no da Invesco/Galaxy e US$ 35,1 milhões em participações no ETF da Grayscale.
Há, ainda, participações menores nos ETFs das gestoras Bitwise, Ark Invest e WisdomTree. Além dos investimentos, o banco também possui uma relação próxima com o ETF da BlackRock, tendo sido escolhido como um dos "participantes autorizados" do fundo .
No caso dos ETFs de bitcoin, os participantes autorizados são responsáveis por gerenciar o fluxo de capital necessário para adquirir as unidades da criptomoeda , podendo também criar novas ações de participação no fundo. Por sua vez, as criptomoedas ficarão sob custódia de outro intermediário.
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Goldman Sachs e bitcoin
O interesse de gigantes do mercado como o Goldman Sachs nos ETFs mostra a crescente atratividade das criptomoedas para instituições financeiras tradicionais. Em um relatório divulgado em dezembro, o próprio Goldman Sachs reconheceu que 2023 foi um "ano de institucionalização" para essa classe de ativos.
Recentemente, o banco também anunciou que pretende lançar dois projetos de tokenização de ativos ainda neste ano. Mathew McDermott, diretor global de ativos digitais do banco, disse que o lançamento dos ETFs resultou em um "momento renovado para os criptoativos".
McDermott pontuou que o banco adotou uma "perspectiva institucional" sobre a cripto, buscando criar produtos para seus clientes e atuar na criação de outros produtos de investimento no mercado. Segundo ele, a tokenização é uma "parte central" nos planos do banco.