Goldman Sachs anuncia "operação histórica" com derivativos de bitcoin
Em pareceria com a Galaxy Digital, Goldman Sachs se tornou o primeiro grande banco norte-americano a fazer uma transação com derivativos de criptomoedas no mercado OTC
Gabriel Marques
Publicado em 21 de março de 2022 às 18h24.
O Goldman Sachs, um dos maiores bancos do mundo, com 115 bilhões de dólares de valor de mercado, anunciou, nas palavras da própria instituição, um "trade histórico” com criptomoedas.
Em parceria com a Galaxy Digital Holdings, uma das principais corretoras do setor, o banco norte-americano fez sua primeira transação over-the-counter (OTC, ou mercado de balcão), na forma de uma opção não entregável de bitcoin.
Segundo a corretora, essa é a primeira transação feita somente pelas duas partes na história de transações cripto com a participação de um grande banco norte-americano.
“Estamos felizes em ter executado nossa primeira negociação com opções finalizadas em dinheiro com criptoativos em parceria com a Galaxy”, disse Max Minton, head de Digital Assets na divisão Ásia-Pacífico do Goldman Sachs, em um comunicado nessa segunda-feira. “Esse é um importante passo para as nossas habilidades com criptoativos e para a evolução mais abrangente dessa classe de ativos”, completou.
Uma opção não entregável acontece quando o ativo em questão não pode ser entregue, e a finalização ocorre em dinheiro. Detalhes adicionais, como o volume da transação, ainda não foram tornados públicos.
Em junho passado, a Galaxy Digital anunciou que seria o provedor de liquidez para o Goldman Sachs para suas operações com índices futuros do bitcoin. O CEO da corretora, Mike Novogratz, é ex-sócio da instituição.
Apesar do pioneirismo nos EUA, a ligação de grandes bancos com o mercado cripto também já acontece em outras partes do mundo. No Brasil, por exemplo, o BTG Pactual foi o primeiro banco do mundo a lançar um security token, o ReitBZ, em 2019, projeto pioneiro que tokenizou cotas de um fundo de imóveis. O banco brasileiro também foi o primeiro do mundo a lançar fundos de bitcoin e de ether geridos pela própria instituição, em 2021, mesmo ano em que anunciou o lançamento da Mynt, sua plataforma própria para negociação de criptoativos.
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