Gigantes cripto lançam fundo de recuperação para empresas afetadas pela FTX
Oito companhias, incluindo a Binance e a Polygon Ventures, realizaram aportes no projeto, que recebeu 150 solicitações
João Pedro Malar
Publicado em 25 de novembro de 2022 às 10h54.
Oito empresas do setor de criptoativos lançaram nesta sexta-feira, 25, um fundo de recuperação voltado para empresas do segmento que foram afetadas pela falência da FTX, a segunda maior exchange do mundo. Até o momento, pelo menos 150 companhias já solicitaram o auxílio financeiro.
O projeto havia sido anunciado pelo CEO da Binance, a maior corretora de criptomoedas do setor, poucos dias após a falência da FTX, conforme os problemas financeiros da empresa começaram a se espalhar pelo mercado. Além dela, confirmaram participação na iniciativa a Jump Crypto, Polygon Ventures, Aptos Labs, Animoca Brands, GSR, Kronos e Brooker Group.
Em comunicado, a Binance informou que realizou um aporte de US$ 1 bilhão (R$ 5,33 bilhões, na cotação atual) no fundo, mas que pretende aumentar esse valor para US$ 2 bilhões "em um futuro próximo, se necessário".
As outras empresas realizaram um aporte agregado de US$ 50 milhões (R$267,37 milhões, na cotação atual). A expectativa do grupo é que mais participantes do setor de criptoativos integrem a iniciativa "em breve".
O comunicado observa que o fundo não é de investimento, mas sim uma forma de "proteger os consumidores e reconstruir a indústria". Os aportes dos participantes podem ser feitos em stablecoins ou outros tokens, mas em endereços públicos para "garantir a transparência".
O aporte da Binance já está disponível no Etherscan, um serviço de monitoramento de transação de criptoativos. "Cada participante, incluindo a Binance, analisará as oportunidades de investimento e tomará decisões de investimento de forma independente uns dos outros, de acordo com cada caso", explica o texto.
As gigantes do setor de criptoativos observaram que pode haver interesse de instituições financeiras tradicionais no projeto, mas ressaltaram que elas "não podem enviar dinheiro para um endereço público. Estamos dispostos a explorar outras estruturas de acordo".
O grupo espera que a iniciativa dure seis meses, com uma estrutura flexível de investimento a partir de tokens, moedas fiduciárias, capital, instrumentos conversíveis, linhas de crédito e outros mecanismos.
Segundo o comunicado, "cada participante pode retirar quaisquer fundos não utilizados remanescentes dos endereços públicos no final desta iniciativa".
A ideia é que os projetos envolvendo criptoativos que receberão a ajuda financeira tenham "inovação e geração de valor a longo prazo, modelos de negócios muito bem delineados e viáveis e um olhar minucioso na gestão de risco".
As empresas vão oferecer também um suporte mais "abrangente", incluindo formação, execução técnica, captação de recursos e outras etapas no desenvolvimento corporativo. O objetivo é que as companhias "possam emergir e crescer mais fortes no inverno cripto".
"O objetivo fundamental deste novo esforço é apoiar as empresas e projetos mais promissores e de mais elevada qualidade desenvolvidos pelos melhores especialistas em tecnologia e empreendedores que, sem responsabilidade própria, estão enfrentando significativas dificuldades financeiras no curto prazo", destacam as gigantes de criptoativos.
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