Margaritaville, um resort nas Bahamas, foi criado em homenagem a um dos maiores sucessos do cantor Jimmy Buffet (Divulgação/Divulgação)
A segunda maior corretora de criptomoedas, a FTX, pegou investidores de surpresa com um dos maiores colapsos da história do universo cripto ao declarar falência em menos de uma semana. No entanto, o caso segue surpreendendo por suas peculiaridades.
Depois de poliamor entre executivos e estratégias de pôquer aplicadas aos negócios, documentos de falência revelam que a FTX deve quase R$ 300 mil para um resort nas Bahamas.
O resort “pé na areia” chamado Margaritaville pode ter hospedado os executivos da Alameda Research, empresa do grupo FTX, por mais de duas semanas, conforme revelam os documentos.
O Margaritaville, grupo de resorts fundado pelo Jimmy Buffet, cantor famoso dos anos 1960 e 1970, é um dos maiores credores da Alameda Research, conforme lista anexada no processo de falência da FTX.
A dívida é de US$ 55.319, o equivalente a mais de R$ 290 mil na cotação atual. O resort conta com temática tropical nas Bahamas e possui restaurantes e serviços de iate.
Classificado com quatro estrelas, o Margaritaville foi criado em homenagem a um dos maiores sucessos de Buffet, uma música de mesmo nome. Localizado na praia de Nassau, sua suíte presidencial mais cara tem a diária de US$ 3.300. Ou seja, o grupo de executivos da FTX pode ter passado mais de duas semanas hospedado no local com o valor da dívida.
Outros luxos do Margaritaville são pratos de US$ 160 e champagnes de US$ 62. Com o valor da dívida da FTX, os executivos da empresa poderiam ter consumido centenas de refeições. No entanto, a rede de resorts não revelou qual foi exatamente o gasto da empresa no local.
Além do resort nas Bahamas, o processo de falência revela que o maior credor da Alameda Research no momento é a Amazon Web Services, para quem a empresa falida deve US$ 4,6 milhões.
No entanto, as dívidas da Alameda Research podem soar até pequenas frente às dívidas da FTX, principal empresa do grupo. De acordo com o documento, um cliente não identificado está com um prejuízo de US$ 226 milhões na corretora, que chegou a ser a segunda maior do mundo.
A rápida falência da FTX teve início na própria Alameda Research, após documentos revelarem um balanço arriscadamente desproporcional da empresa, que possuía 30% em tokens FTT, emitidos pela FTX. Assustados com a informação, investidores geraram uma forte pressão vendedora no token e uma onda de saques na FTX, que passou a apresentar insolvência.
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