Federação dos Servidores do Banco Central busca por projetos de blockchain, tokenização e IA
A Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) anunciou a abertura das inscrições para a terceira edição do Next, programa de aceleração de fintechs
Agência de notícias
Publicado em 11 de julho de 2023 às 16h00.
Última atualização em 11 de julho de 2023 às 16h15.
A Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) anunciou a abertura das inscrições para a terceira edição do Next, programa de aceleração de fintechs e techfins. O desafio conta com a parceria das empresas mantenedoras Mercado Bitcoin, TecBan, Banco do Brasil, Elo, Sinqia, Nuclea (CIP) e Sicredi, além do apoio da Numerik.
Os interessados têm até o dia 24 de julho para se inscrever no processo seletivo, que é dividido em três etapas: aplicação online, entrevistas técnicas e pitch day. A divulgação dos selecionados e seus projetos acontece no dia 29 de agosto.
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Com o intuito de acelerar soluções financeiras inovadoras com orientação regulatória para as startups em fase de operação, o Next contará com mentorias de especialistas do mercado financeiro, dos mantenedores e também da Fenasbac, para desenvolver soluções que possam beneficiar a sociedade e contribuir para um Sistema Financeiro Nacional moderno e mais competitivo, além de fortalecer o ecossistema financeiro brasileiro.
Para o batch #3, a Aceleração Next busca projetos relacionados a: inteligência artificial para hiper personalização de oferta e experiência para clientes; inteligência artificial generativa para eficiência do mercado financeiro; inteligência artificial generativa para relacionamento com clientes e geração de insights.
Além de projetos para Infraestrutura de agregação de serviços financeiros para PME; infraestrutura de análise de crédito PJ para operações estruturadas tokenizadas; conexões e integrações via API e disponibilização de interfaces; integração e interoperabilidade entre redes blockchain; segurança e fluxos de pagamentos em registros distribuídos.
Líder de projetos de inovação da Fenasbac, Danielle Teixeira ressalta que o Next é uma grande oportunidade para os interessados que possuem projetos financeiros sólidos, com base tecnológica e inovadora, alinhados aos principais desafios financeiros da atualidade.
“As startups apresentam um ganho muito relevante ao participarem do programa. Pensamos em todos os detalhes para encurtar o caminho de desenvolvimento delas, tanto das áreas de negócio internas e regulação quanto com a conexão a grandes empresas e a oportunidade de desenvolverem soluções conjuntas”, ”, destaca Danielle.
Blockchain
Neste contexto de evolução digital e fintechs, os termos blockchain e tokenização são cada vez mais comuns, mas o que eles realmente significam e como funcionam? Rogério Melfi, membro da curadoria de eventos e comunicação da ABFintechs, usa a alegoria de uma festa junina para ilustrar esses conceitos de maneira mais compreensível.
As festas juninas no Brasil, conhecidas por sua alegria e tradições, têm elementos peculiares como as fichas de churrasco, quentão e as cartelas de bingo que representam direitos específicos. Melfi sugere que essas fichas e cartelas são similares a "tokens" em um sistema de blockchain.
A tokenização, segundo Melfi, é o processo de transformar ativos físicos em representações digitais chamadas tokens, tal como as fichas de festa junina. Entretanto, surge a dúvida sobre como garantir a autenticidade desses tokens quando comprados de terceiros. Aqui entra a tecnologia blockchain.
Blockchain é um sistema descentralizado, auditável e imutável que registra transações de forma segura. Em termos de festa junina, seria como se cada ficha e cartela tivessem um registro rastreável que comprova sua origem e autenticidade. Desse modo, mesmo adquirindo uma ficha de churrasco de um desconhecido, por exemplo, é possível verificar se esta foi emitida pela organização da festa, assegurando sua legitimidade.
Além disso, com o uso da blockchain, as trocas de fichas podem ocorrer diretamente entre os participantes, sem necessidade de intermediários, e a confiabilidade dessas transações é garantida.
No caso das cartelas de bingo, Melfi propõe uma abordagem ainda mais inovadora: as cartelas seriam tokenizadas e ligadas a um "smart contract", ou contrato inteligente, que contém as regras do jogo. À medida que os números são cantados, o contrato verifica se alguma cartela corresponde. Se os critérios forem atendidos, a vitória é registrada e o participante é notificado.
A blockchain e a tokenização oferecem, portanto, transparência, segurança e simplicidade. Apesar da analogia com a festa junina, Melfi ressalta que essas tecnologias têm implicações muito mais amplas e são fundamentais para a transação e registro de ativos digitais em diversos setores da sociedade moderna.
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