Executivos aproveitam baixa e investem na Coinbase e mais empresas cripto
Líderes de companhia como MicroStrategy e Coinbase, além de mineradoras e gestoras, indicam otimismo com ida às compras durante a recente queda no preço das ações
Gabriel Marques
Publicado em 24 de maio de 2022 às 10h01.
Última atualização em 24 de maio de 2022 às 10h01.
Executivos de grandes empresas relacionadas ao mundo cripto como Coinbase, MicroStrategy e Marathon fizeram posições nas ações de suas próprias empresas durante a última queda no mercado, revelou o site Blockworks.
O cofundador da Coinbase e da Paradigm, Fred Ehrsam, foi às compras nos dias 13 e 17 de maio, comprando US$ 75 milhões em ações das duas empresas. Foram 1,1 milhão de ações só da corretora de cripto, adquiridas a US$ 68,70 cada – esta foi a primeira vez que Ehrsam comprou papéis da empresa desde que ela foi a mercado, em abril de 2021. Durante esse período, ele vendeu 1,5 milhão de ações por US$ 492 milhões.
Timothy Lang, vice-presidente sênior e CTO da MicroStrategy desde 2014, foi mais econômico, mas não menos entusiasmado com o futuro da empresa: comprou 2.500 ações de sua empresa por US$ 500.000. Lang havia embolsado US$ 53,2 milhões com ações da companhia entre outubro de 2020 e novembro de 2021 vendendo 115.000 ações.
Já Kevin Denuccio, diretor da mineradora de bitcoin Marathon Digital Holdings, comprou 15.424 ações da empresa por US$ 148.500 – compra que agora vale US$ 154.000 graças a uma valorização nos papéis desde a operação.
Embora as compras indiquem entusiasmo por parte dos executivos com o futuro de suas empresas, nem todas as negociações resultarão em lucro, como evidenciado por negociações feitas por um executivo do Silvergate Capital, banco norte-americano de cripto. Michael Lempress comprou US$ 56.000 em ações da empresa recentemente, e agora elas valem US$ 37.000.
Para o CFO da mineradora CleanSpark, Gary Vecchiarelli, a situação é ainda pior. Depois de comprar mais de 22.000 ações da companhia, a posição perdeu mais de 40% do valor.
As ações de tecnologia estão entre as que mais sofreram no ano, fruto do aumento nas taxas de juro norte-americanas para frear a inflação. Junte a isso o inverno cripto e as ações que unem ambos sofrem em dobro, como é o caso da Coinbase, maior corretora de criptoativos dos EUA, que reportou um prejuízo de US$ 430 milhões no seu primeiro trimestre fiscal de 2022.
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