Empresas lançam carteira de investimento em criptomoedas com inteligência artificial
Parceria entre a QINV e a corretora Coinext quer trazer mais eficiência e segurança para investidores interessados no setor
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Inteligência artificial tem ganhado espaço em empresas e investidores (Reprodução/Reprodução)

Publicado em 12 de setembro de 2023 às, 11h55.
As empresas QINV e Coinext lançaram nesta terça-feira, 12, uma nova carteira de investimentos em criptomoedas que usa inteligência artificial para gerir as alocações em diferentes ativos do mercado cripto. Com a novidade, as companhias querem tornar o investimento nesse mercado mais seguro e eficiente, também buscando retornos maiores para os clientes.
Inicialmente, a nova carteira estará disponível apenas para os 500 primeiros clientes da Coinext, uma corretora de criptomoedas brasileira, que se cadastrarem. A ideia é usar a inteligência artificial para realizar balanceamentos periódicos da carteira, de forma mensal, a partir do valor aportado pelo investidor, mudando os aportes em criptoativos para buscar os melhores resultados.
Em entrevista à EXAME, Lendel Lucas, chairman da QINV, explicou que a carteira inteligente "tem a capacidade de analisar uma vasta gama de informações, não apenas sobre os próprios criptoativos, mas também dados macroeconômicos, técnicos e on-chain [em blockchains]. Essa análise ocorre de forma simultânea e em grande escala".
Ele destaca que "essa tarefa seria humanamente impossível, considerando a constante atualização e análise de dados a cada segundo", o que levou ao uso de inteligência artificial. Até o momento, a QINV possui apenas dados teóricos do período de testes da carteira. No acumulado de setembro de 2020 a setembro de 2023, ela teve um retorno total de 840%, contra a alta de 216% do bitcoin no mesmo período.
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Inteligência artificial em investimentos
Agora, a parceria permitirá que a empresa teste o produto na prática. Ao mesmo tempo, Lucas pontua que os algoritmos de inteligência artificial usados "são significativamente mais eficientes na análise de informações, realizando o trabalho que, de outra forma, exigiria muitos analistas, enquanto mantemos uma operação muito mais eficiente e enxuta".
"Nosso sistema é capaz de identificar as melhores oportunidades para entrar e sair dos criptoativos, o que, por sua vez, ajuda a reduzir a volatilidade e os riscos associados ao investimento", promete o executivo. Ao mesmo tempo, ele lembra que o uso da tecnologia não resolve todos os problemas para investidores, sendo apenas um "co-piloto" no investimento.
Além disso, "a seleção dos ativos elegíveis para inclusão no algoritmo é feita por nossos especialistas, que garantem que apenas criptoativos e projetos que estão genuinamente construindo algo novo, inovador e com potencial a longo prazo sejam considerados".
Nesse sentido, as chamadas criptomoedas meme, como o dogecoin, estão fora da carteira. "Após essa análise inicial, os ativos elegíveis são incorporados ao algoritmo, que realiza suas análises e seleciona a carteira", comenta. Além disso, também é possível realizar rebalanceamentos em casos de eventos significativos no mercado, de forma emergencial.
"Após a seleção da carteira pelo algoritmo, conduzimos um comitê de investimento para revisar os criptoativos escolhidos. A intervenção manual na carteira selecionada pelo algoritmo é uma ocorrência rara e qualquer alteração requer justificação e documentação. Isso só ocorreria, por exemplo, em casos de notícias recentes que não foram consideradas durante a análise realizada pelos algoritmos", ressalta Lucas.
O produto desenvolvido pela QINV já possui autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e tem como objetivo principal oferecer a clientes de poder aquisitivo menor os mesmos recursos para investimento destinados a grandes participantes do mercado.
"O objetivo é apoiar investidores que muitas vezes compram criptoativos e os deixam parados na corretora aguardando de forma reativa oscilações no mercado. Optando pela carteira inteligente, o investidor terá a possibilidade de diversificar e aumentar a rentabilidade dos saldos investidos", afirma José Artur Ribeiro, CEO da Coinext.
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Créditos

João Pedro Malar
Repórter do Future of MoneyFormado em Jornalismo pela ECA-USP, onde atualmente é mestrando em Comunicação. Ingressou na EXAME em 2022 e cobre temas ligados à digitalização da economia, como criptomoedas e meios de pagamentos.Mais lidas em Future of Money
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