Empresa congela R$ 4,2 bilhões em criptomoedas ligadas às guerras em Israel e Ucrânia
Responsável por uma das maiores criptomoedas do mundo em valor de mercado atua diretamente contra uso dos ativos digitais para financiar guerras
Repórter do Future of Money
Publicado em 16 de outubro de 2023 às 14h05.
A Tether, empresa por trás da stablecoin USDT, atual terceira maior criptomoeda do mundo, anunciou nesta segunda-feira, 16, que congelou mais de R$ 4,2 bilhões em criptomoedas ligadas às guerras em Israel e Ucrânia, além de outros crimes cibernéticos em diversos países, incluindo o Brasil.
O montante de US$ 873.118,34 foi congelado de 32 endereços de carteiras cripto que foram ligadas de alguma forma à crimes cibernéticos, principalmente roubos e ataques hacker.
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A empresa afirmou estar em colaboração com 19 jurisdições e ter esforços específicos em Israel e Ucrânia para “combater o financiamento da guerra”. Sobre os recentes conflitos em Israel, a Tether afirmou ter trabalhado com a Secretaria Nacional de Combate ao Financiamento do Terrorismo de Israel (NBCTF) em casos específicos com criptomoedas.
Recentemente, a polícia de Israel também congelou contas ligadas ao Hamas em corretoras de criptomoedas.
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Criptomoedas na guerra e crimes cibernéticos
“As criptomoedas são uma ferramenta poderosa, mas não uma ferramenta para o crime. Ao contrário da crença popular, as transações com criptomoedas não são anônimas; eles são os ativos mais rastreáveis e rastreáveis. Cada transação é registrada no blockchain, tornando viável para qualquer pessoa rastrear movimentos de fundos. Consequentemente, criminosos tolos o suficiente para empregar criptomoedas para atividades ilegais serão inevitavelmente identificados”, disse Paolo Ardoino, CEO da Tether, em um comunicado.
Ainda que seja bastante significativo, o valor de US$ 873 milhões, ou R$ 4,2 bilhões na cotação atual do dólar, ainda representa uma pequena parcela do montante de US$ 445 bilhões envolvidos em crimes cibernéticos, de acordo com dados revelados pela Tether em um comunicado.
No entanto, a empresa destaca a sua “capacidade de congelar e devolver fundos roubados a usuários legítimos”, o que “demonstra as novas capacidades inovadoras e o nível de segurança que as tecnologias blockchain podem trazer ao sistema financeiro global”.
Segundo um comunicado, a Tether também colaborou contra o crime cibernético com jurisdições como Brasil, Cingapura, Filipinas, Alemanha, Coreia do Sul, Noruega, Polônia, Suíça, Grécia, Canadá, Croácia, Itália, Argentina, Austrália, Bélgica, Ilhas Cayman, China, Holanda, El Salvador , Alemanha, Hong Kong, Índia, Irlanda, Israel, Quirguistão, Nova Zelândia, Espanha, Taiwan, Reino Unido, Ucrânia, Estônia e Estados Unidos.
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