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Drex, do Banco Central, vai impulsionar mercado de tokens e será tendência dominante no Brasil

Consórcio que reúne as principais cooperativas financeiras do Brasil enxerga que as aplicações do Drex devem revolucionar o mercado financeiro, por meio de diversos casos de uso

 (Priscila Zambotto/Getty Images)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 24 de janeiro de 2024 às 10h40.

O consórcio SFCoop, que reúne as principais cooperativas financeiras do Brasil para testar o Drex no ambiente proposto pelo Banco Central, enxerga que as aplicações da nova moeda digital devem revolucionar o mercado financeiro, por meio de diversos casos de uso.

Entre eles, o consórcio destaca pagamentos programáveis, pagamentos autônomos via IOT, tokenizações de cédulas de crédito e de dívidas (tokens RWA), empréstimos sindicalizados, garantias fracionadas e ofertas de cashback em programas de benefícios.

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Para Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred, juntamente com cooperativa independente Credicoamo, que se uniram em 2023 para participar do grupo de desenvolvimento do piloto do Real Digital, essa colaboração permitirá aproveitar ao máximo a tecnologia blockchain a partir da moeda tokenizada.

Até o momento, o consórcio realizou operações como: cadastro de carteiras de instituição e de clientes; emissão, transferência e resgate de Real Digital (moeda voltada a transações entre instituições financeiras); emissão, transferência e resgate de Real Tokenizado (moeda voltada a operações de varejo) entre clientes da mesma instituição e de instituições distintas.

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Além disso, o consórcio realizou transferência de Real Tokenizado em dois passos, com e sem reserva; liquidação de Títulos Públicos Federais Tokenizados em colocação direta e leilão; compra e venda de Títulos Públicos Federais Tokenizados entre clientes da mesma instituição e de instituições distintas; e resgate de Títulos Públicos Federais Tokenizados.

Há profissionais de todas as instituições financeiras do consórcio atuando diretamente no desenvolvimento do projeto, alguns em tempo parcial e outros em tempo integral. Esses profissionais atuam em diversas áreas, como negócios, arquitetura de software e infraestrutura tecnológica.

Ao todo, foram aprovados pelo Banco Central 16 players para participar dos testes, com representantes de instituições financeiras de S1 a S4, instituições de pagamento, cooperativas, bancos públicos, desenvolvedores de serviços de criptoativos, operadores de infraestrutura de mercado financeiro e instituidores de arranjos de pagamento. A incorporação à plataforma começou em julho de 2023.

Drex será tendência no Brasil

Já Claudio Just, COO Transfero, destaca que o Drex não apenas representa uma evolução tecnológica, mas também oferece ao governo um controle mais preciso sobre a oferta monetária.

"Isso permite a implementação de políticas econômicas ágeis e eficazes, ajustando a oferta de moeda, conforme necessário", destaca.

Analisando o Drex, o setor bancário no Brasil e as tendências de inovação, o ISG realizou pela primeira vez no país o estudo denominado ISG Provider Lens™ Digital Banking Services 2023 - Brazil 2023, no qual avalia a transformação desse ecossistema, que resultou na redução de custos de transação e na facilitação da migração de clientes entre instituições, eliminando barreiras para novos entrantes.

Em 2020, ocorreu um marco importante para a inovação do Banco Central que foi a construção de uma infraestrutura aberta de pagamentos instantâneos, o Pix, novo sistema que acabou se tornando o principal meio de transações entre os brasileiros. Segundo o BC, somente no mês de junho de 2023, foram realizadas mais de 3,3 bilhões de operações, que totalizaram R$ 1,4 bilhões transacionados.

Adriana Frantz, distinguished analyst da TGT ISG e autora do estudo, sinaliza que o cenário de rápida transformação e menores custos de mudança favoreceram o surgimento de diversas fintechs ou bancos digitais, empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor.

“Essas empresas utilizam uma ampla gama de inovações, incluindo blockchain, plataformas de pagamento digital e em tempo real, e computação na nuvem, assim como inteligência artificial para melhorar a eficiência, acessibilidade e experiência do cliente, desafiando o modelo tradicional de serviços bancários e financeiros”, complementa Adriana.

Um impulso para a proliferação das fintechs foi em 2010, quando o BC promoveu um cenário de multi-adquirência e de interoperabilidade nos serviços das adquirentes de cartões, aponta o estudo TGT ISG. Além disso, o Banco Central atuou para promover a democratização e a inovação dos produtos e serviços bancários no Brasil, como o lançamento do Pix, as iniciativas de Open Finance e o desenvolvimento de uma moeda nacional digital.

Segundo a autora do estudo, por se tratar de um cenário altamente competitivo, muitos bancos estão adotando um ecossistema complexo composto por integradores de sistemas, plataformas e provedores de serviços e software. Ela ainda afirma que esse movimento visa tornar os bancos mais ágeis, mais eficientes e aprimorar a experiência e fidelidade do cliente.

Outra inovação recente no setor bancário brasileiro é o Open Finance, um modelo de compartilhamento entre instituições de informações financeiras autorizadas pelo cliente com o objetivo de tornar o mercado financeiro mais aberto e acessível. Com ela, espera-se a melhora da experiência dos clientes no uso de produtos e serviços financeiros.

Para os próximos anos, é esperado o surgimento de avanços significativos no cenário dos pagamentos instantâneos. Dentre esses avanços, destaca-se o Pix Automático, destinado a facilitar pagamentos recorrentes, e o Pix Internacional, conectando os sistemas de pagamentos instantâneos de diferentes países. Diante desse panorama, os fornecedores de serviços permanecerão essenciais para orientar os bancos durante essa evolução.

Por fim, o relatório aponta que os Bancos Centrais do mundo todo estão estudando, explorando e testando sistemas para emissão de suas moedas digitais (Central Bank Digital Currency – CBDC em inglês), recentemente batizada de Drex, no Brasil.

De acordo com o Bank for International Settlements (BIS), 60% dos bancos centrais estão atualmente experimentando essa inovação e a expectativa é que, até o fim de 2024, o Drex esteja liberado para o público, aponta o relatório.

A autora do estudo, mencionando informações do Banco Central, afirma que a moeda digital poderá ser trocada por papel-moeda e vice-versa, sendo acessível por meio de carteiras virtuais em bancos e outras instituições financeiras.

“No cenário que se desenha, as plataformas de soluções que antecipadamente oferecerem serviços B2B para apoiar bancos a captarem as oportunidades que surgirão relacionados ao Drex devem se destacar num futuro próximo", finaliza Adriana.

O relatório 2023 ISG Provider Lens™ Digital Banking Services para o Brasil avalia as capacidades de 30 fornecedores em três quadrantes: Core Banking Technology and Integration Services, Payment Modernization Technology Services e Banking Business Process as a Service.

O relatório nomeia Accenture como Líder em todos os três quadrantes, enquanto Capgemini, Compass UOL, Stefanini e TIVIT são nomeadas como Líderes em dois quadrantes cada. Atento, Eviden e Teleperformance são nomeadas Líderes em um quadrante cada.

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