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Drex: Bradesco, Inter e Caixa realizam 1ª transferência simultânea entre 3 bancos

Instituições financeiras estão participando da fase de testes do piloto da moeda digital de banco central do Brasil

Drex tem previsão de lançamento para o público no fim de 2024 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

Drex tem previsão de lançamento para o público no fim de 2024 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 8 de setembro de 2023 às 11h44.

O Bradesco, o Inter e a Caixa Econômica Federal realizaram nesta semana a primeira transferência simultânea envolvendo três bancos utilizando o Drex, a versão digital do real. A operação ocorreu como parte dos testes da fase de piloto da moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) que está sendo desenvolvida pelo Brasil.

De acordo com as instituições financeiras, a transferência foi realizada a partir de reservas bancárias tokenizadas - ou seja, inseridas em uma rede blockchain - da Caixa e do Inter, que então foram enviadas ao mesmo tempo pelos bancos para o Bradesco. Em seguida, o Bradesco retornou as reservas em uma operação bem-sucedida.

A transferência representa mais um marco na fase de testes do piloto do Drex. No momento, o foco do Banco Central é em avaliar a viabilidade das operações interbancárias por meio da CBDC, a partir da tecnologia blockchain. Também estão sendo estudados elementos como o grau de escalabilidade da rede escolhida, garantia de privacidade e segurança.

Recentemente, o Banco Central anunciou que postergou o fim da fase do piloto para maio de 2024. O Banco Central atribuiu a decisão a alguns imprevistos nesta etapa, envolvendo três fatores: "a necessidade de evolução e amadurecimento das soluções de privacidade ora disponíveis no mercado", "a necessidade de revisão da largura de banda disponível para parte dos participantes" e "a mobilização de pessoal no movimento de valorização da carreira do BC".

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Avanços no piloto do Drex

Mesmo assim, as instituições financeiras que participam do piloto seguem avançando nas suas atividades. Na semana passada, o BTG Pactual e o Itaú Unibanco concluíram a primeira transferência interbancária do piloto, transferindo reservas bancárias tokenizadas entre si.

Entre os dias 30 e 31 de agosto, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil realizaram a primeira transferência entre dois bancos públicos envolvendo o Drex. Em comunicado, as presidentes dos bancos destacaram a importância do projeto para fomentar uma economia tokenizada, trazendo novos casos de uso para o mercado financeiro.

Já nesta semana, o Inter e a Caixa concluíram a primeira transferência entre um banco público e um banco privado. Para a operação, o Inter emitiu seu primeiro lote de reais digitais no valor de R$ 77,77. Também nesta semana, o SFCoop, um consórcio de cooperativas financeiras, realizou uma transferência com o Banco do Brasil.

Em um comunicado, a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, afirmou que o banco está entusiasmado "com os resultados positivos até agora e ansiosos para explorar ainda mais o potencial das moedas digitais e das transações ágeis".

Segundo a Caixa Econômica Federal, o Drex deverá permitir um barateamento e melhoria de diferentes serviços financeiros: "Um exemplo prático é a previsão de que o financiamento de um imóvel, por exemplo, poderá ser realizado em questão de horas. Isso acontecerá uma vez que tanto o dinheiro quanto o imóvel serão tokenizados", disse um comunicado.

Ao todo, a fase de piloto do Drex conta com 16 iniciativas aprovadas, envolvendo tanto instituições financeiras individuais quanto consórcios. Desde junho, esses participantes estão criando nós na rede blockchain escolhida, permitindo a realização das operações.

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