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Dono do ChatGPT diz que IA é inevitável e compara tecnologia com bomba atômica

Sam Altman defendeu que nova tecnologia não vai tornar inteligência humana "inútil" e que não há como parar seu desenvolvimento

Líder da OpenAI defende ChatGPT e inteligência artificial (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de abril de 2023 às 14h28.

A crescente popularidade do ChatGPT também alimentou debates sobre os possíveis impactos da inteligência artificial na sociedade. Para os mais pessimistas, a nova tecnologia vai eliminar empregos, tornar os humanos mais preguiçosos e até tornar a inteligência humana inútil. Mas, para o dono da ferramenta, Sam Altman, esse cenário não deve se concretizar.

Uma reportagem do jornal The New York Times sobre Altman, fundador da empresa OpenAI, reuniu diversas declarações que o empresário deu anteriormente à publicação sobre o assunto. Em mais de uma ocasião, ele destacou que o desenvolvimento da inteligência artificial seria "inevitável".

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Para ele, é um cenário semelhante ao da criação da bomba atômica, durante a Segunda Guerra Mundial. "A tecnologia acontece porque é possível", comento Altman em uma conversa em 2019. O executivo comparou ainda os projetos da empresa, incluindo o ChatGPT, ao Projeto Manhattan, que criou a bomba nuclear.

Altman disse que a criação da arma de destruição em massa foi "um projeto na escala da OpenAI – o nível de ambição a que aspiramos". A aposta do executivo é que essa tecnologia será capaz de trazer ao mundo prosperidade e riqueza "como ninguém jamais havia visto".

Mesmo assim, Altman revelou que sabe das críticas e temores em torno da inteligência artificial: "Eu tento ser franco. Estou fazendo algo bom? Ou muito ruim?". "O hype sobre esses sistemas – mesmo que tudo o que esperamos esteja certo em longo prazo – está totalmente fora de controle em curto prazo", ressaltou.

Impactos da inteligência artificial

O executivo defendeu ainda que é preciso se dedicar a entender como ferramentas como o ChatGPT vão acabar o mudando o mundo. Altman diz se colocar em um meio termo: ele não acredita que a inteligência artificial criará uma utopia, mas também não acha que ela vai ser um apocalipse.

Mas ele também revelou que possui um plano B caso a tecnologia se mostre perigosa demais: no contrato entre a OpenIA e seus investidores, incluindo a Microsoft, há uma cláusula que permite o desligamento da sua inteligência artificial a qualquer momento. Por enquanto, ele discorda da posição de diversos acadêmicos e executivos que defendem uma suspensão total do desenvolvimento da inteligência artificial.

A aposta de Altman é que a tecnologia "resolveria alguns de nossos problemas mais prementes, realmente aumentaria o padrão de vida e também descobriria usos muito melhores para a vontade e a criatividade humanas". Enquanto isso, ele ressaltou que a OpenIA pretende ter uma estratégia de "decolagem muito lenta", atualizando sua inteligência artificial e o ChatGPT aos poucos e de forma pública para entender melhor os riscos da ferramenta.

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