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Crise da FTX é oportunidade para corretoras cripto menores, diz CEO da Ripio

Sebastián Serrano acredita que falência da exchange levará criptoativos a cotações ainda menores que as mínimas do ano

Sebastián Serrano, CEO da Ripio, acredita que exchanges deverão adotar ferramentas de comprovação de reservas (Ripio/Reprodução/Reprodução)
JP

João Pedro Malar

Publicado em 11 de novembro de 2022 às 18h57.

Última atualização em 11 de novembro de 2022 às 19h48.

O CEO da corretora de criptomoedas Ripio, Sebastián Serrano, avalia que a crise atual desencadeada pela FTX, que levou a empresa a declarar sua falência, pode servir como uma oportunidade para exchanges menores atraírem mais clientes e ganharem espaço no mercado.

Serrano falou sobre o tema em entrevista à EXAME nesta sexta-feira (11) durante a Labitconf, uma conferência sobre o setor de criptoativos que ocorre em Buenos Aires, capital da Argentina.

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-(Mynt/Divulgação)

O caso da FTX, a segunda maior exchange do setor, é vista por Serrano como "uma oportunidade para diferenciar os que realmente estão trabalhando profissionalmente", que tendem a ser beneficiadas e buscadas pelos clientes.

Além disso, ele acredita que o caso deve fazer com que as exchanges passem a trabalhar com mecanismos para provar que possuem as reservas necessárias para cobrir e pagar seus clientes quando eles realizam retiradas das quantias investidas por eles nessas corretoras.

"O usuário vai esperar das empresas essa segurança, provas de solvência. Muitos usuários vão estudar mais e apreciar mais as características da tecnologia que também pode usar, a ideia de ser seu próprio banco, fazer a própria segurança, sem precisar confiar em alguém, só usar exchange para negociações", opina.

Serrano também acredita que o caso "com certeza" aumentará a pressão por regulação de criptoativos por parte dos governos, servindo como a "desculpa perfeita para os reguladores e inimigos da indústria". Ele considera que isso exigirá que os agentes do mercado "lutem muito" para que essa regulação seja positiva, protegendo usuários sem coibir inovação.

O CEO da Ripio acredita que crises como a da FTX "fazem com que empresas ruins quebrem", atuando como um tipo de "filtro". "É uma limpeza que vai fortalecer o setor daqui a alguns anos, com uma recuperação". Entretanto, ele espera que esse processo comece apenas no final de 2023, intensificando em 2024 e 2025, já que depende também do cenário macroeconômico.

Por isso, ele considera que o momento agora é de "construção" de projetos cujos benefícios virão em outros momentos do mercado.

Comparando a queda da FTX à de outra exchange, a Mt. Gox, o CEO da Ripio vê o caso como um "catalisador" para o setor, afetando também empresas ligadas à corretora de Sam Bankman-Fried. A expectativa dele é que a situação leve o mercado de criptoativos a registrar as menores cotações do ano.

"Foi uma empresa que trabalhou muito a marca do profissionalismo, e uma queda desse tamanho é uma dissonância muito grande com o posicionamento e o que ocorria dentro dela. Eles estavam usando fundos dos usuários, arriscaram tudo e agora vão sofrer, eles e o mercado como um todo", projetou Serrano.

*O repórter João Pedro Malar viajou a Buenos Aires para a Labitconf a convite da exchange Bitso

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