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Criptomoedas são o melhor investimento para proteção contra endividamento global, diz Genial

Analistas apontam que o cenário de aumento de liquidez ao redor do mundo com cortes de juros favorece criptomoeda

Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)

Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 15h28.

Última atualização em 6 de agosto de 2024 às 15h40.

O bitcoin oferece no momento a melhor relação de risco e retorno em um cenário de crescente endividamento global, afirmam os analistas de criptomoedas da Genial Investimentos em um novo relatório publicado na sexta-feira, 2.

Os analistas destacaram que o desempenho positivo do bitcoin e do ouro em 2024 foi "impulsionado pela demanda por ativos que possam servir como proteção contra a instabilidade das moedas fiduciárias". Até o final de julho, o bitcoin acumulava valorização de 52% em dólares e 75% em reais, enquanto o ouro subiu 37%.

"Este movimento reflete a percepção de que os criptoativos podem atuar como um escudo contra as crises fiscais, especialmente em um cenário de crescente endividamento público", afirmaram os analistas. A busca por ativos de proteção poderia servir como um "antídoto" contra uma súbita perda de confiança em nações fortemente endividadas.

Recentemente, o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), considerado o "banco central dos bancos centrais" lançou um alerta sobre os riscos de um afrouxamento prematuro das políticas monetárias dos bancos centrais de diversas jurisdições.

Em junho, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou o primeiro corte de taxa de juro na Zona do Euro desde 2019. O Banco Popular da China (PBoC) confirmou que cortaria a taxa de recompra reversa de sete dias em 0,1 ponto percentual, para 1,7%, enquanto a taxa preferencial de empréstimo de um e cinco anos seguiu o mesmo caminho.

Na primeira semana de agosto, foi a vez do Banco da Inglaterra reduzir os juros em 0,25 p.p. Os Estados Unidos também estão se posicionando para reduzir as taxas de juro na próxima reunião do Federal Reserve, marcada para setembro.

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Com a inflação tecnicamente sob controle e uma deterioração no mercado de trabalho e na atividade produtiva, o presidente do banco central dos EUA sinalizou uma reversão nas políticas de aperto monetário em curso desde março de 2022.

A advertência do BIS destaca a grave situação fiscal em economias desenvolvidas, exacerbada pelas políticas de afrouxamento monetário implementadas em resposta à pandemia do coronavírus. Na ocasião, os governos se viram obrigados a aumentar seus gastos para sustentar a economia, ao mesmo tempo em que enfrentavam quedas de receitas.

A inédita expansão da liquidez global provocou uma espiral inflacionária que foi enfrentada com o aumento das taxas de juro e o consequente endividamento público. No final de 2023, a relação dívida/PIB dos Estados Unidos atingiu 123%.

Apesar da volatilidade e dos questionamentos à eficácia do bitcoin como um ativo de proteção equivalente ao ouro, os analistas da Genial Investimentos afirmam que as "criptomoedas representam a melhor opção de investimento disponível" no contexto atual, pois consideram a relação de risco-retorno desse mercado "particularmente atraente."

"Por essa razão, uma exposição estratégica, mesmo que pequena, em criptoativos pode ser uma decisão sensata para qualquer investidor, oferecendo uma diversificação potencialmente lucrativa e uma proteção contra as turbulências dos mercados financeiros tradicionais", conclui o relatório.

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