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Além do bitcoin: com altas de até 115%, confira as criptos que mais valorizaram em novembro

Maior criptomoeda do mercado atingiu nas últimas semanas o maior preço de 2023, mas alguns ativos tiveram ganhos ainda maiores

Bitcoin valorizou mais de 150% em 2023 (Reprodução/Reprodução)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 17h01.

Última atualização em 7 de dezembro de 2023 às 11h52.

O bitcoin chamou a atenção dos investidores em novembro após disparar e chegar ao maior valor de 2023 , na casa dos US$ 43 mil. Entretanto, o ativo está longe de ser a criptomoeda que mais valorizou no último mês, como mostra um levantamento produzido pela gestora QR Asset.

Murilo Cortina, diretor comercial da QR Asset, destaca que novembro foi marcado pelo "aumento expressivo" das chamadas altcoins, criptomoedas alternativas ao bitcoin. "Com a narrativa da suposta iminente aprovação do ETF de bitcoin à vista, o mercado institucional tem demonstrado sinais cada vez mais claros de adoção dessa classe de ativo", destaca.

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Por sua vez, "essa adesão traz uma maior liquidez para o mercado. A partir desse movimento, que foi iniciado pelo bitcoin, a inércia das criptomoedas foi sendo quebrada, e outros ativos, mais voláteis, passaram a apresentar ganhos bem mais agressivos".

É o caso da Rune, criptomoeda do projeto THORChain que valorizou 115,59% em novembro. Segundo Cortina, o projeto realiza pontes entre diferentes blockchains a partir de várias redes de liquidez descentralizadas e com ativos sintéticos.

"Com outros protocolos como Solana e Avalanche ganhando expressividade sobre o Ethereum, a interoperabilidade de RUNE se torna ainda mais relevante por poder conectar diferentes chains em um ambiente DeFi", explica o executivo sobre a causa para a valorização.

Ainda na lista das maiores altas de novembro estão as criptomoedas IMX, da Immutable X (91,21%), Avax, da Avalanche (84,92%), Solana (50,5%) e SNX, da Synthetix (42,52%).

Sobre a Avalanche, Cortina comenta que a alta ocorreu após o anúncio de uma parceria com o JPMorgan para testar o conceito de automação de gestão de portfólios via blockchain. "Graças a essa parceria inesperada, o token reagiu bem em novembro", afirma.

Já no caso da Solana, "o projeto surge como uma alternativa para o desenvolvimento de aplicações em DeFi, os chamados dApps, ganhando cada vez mais tração e volume entre os ecossistemas de GameFi e NFTs pelo seu baixo custo de transação e facilidade na criação de aplicações. Com isso, Solana vem ganhando cada vez mais espaço no universo cripto".

Maiores quedas de criptomoedas

Entre as maiores quedas, o destaque no mês foi o Bitcoin Cash, que teve uma desvalorização de 11,75%. Completam a lista o QNT, da Quant (-5,6%), XLM, da Stellar (-4,82%), XRM, do Monero (-3,75%) e APT, da Aptos (-3,22%).

Cortina explica que o Bitcoin Cash é um "token mais antigo que surgiu com a ideia de ser um substituto do bitcoin, porém com uma funcionalidade melhor. Como o projeto nunca teve muita tração e aplicabilidade, em tempos de extrema relevância do bitcoin, seu primo distante, o Bitcoin Cash, perde cada vez mais espaço".

Sobre a Aptos, ele destaca que o projeto tem tido um comportamento padrão de um token novo: "ganho expressivo após a listagem, seguido por uma grande força de venda e consequente desvalorização do ativo. Ainda há espaço para Aptos crescer, mas medida que o ecossistema de blockchain evolui, surge menos espaço para outros competidores em um ambiente que já parece saturado".

O executivo explica ainda que o Monero "foi impactado negativamente pela recente ação do Departamento de Justiça dos EUA contra a Binance e seu ex-CEO . Os protocolos mais controversos, como os que atuam em privacidade, misturando transações para torná-las anônimas e não rastreáveis, sofreram de forma mais acentuada".

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