(Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 22 de agosto de 2024 às 07h00.
Apesar de relativamente nova, a classe de ativos digitais já conquistou os investidores da América Latina. Com diferentes propósitos, muitos deles já investem no setor e até mesmo incluem as criptomoedas em seu planejamento financeiro, investindo constantemente e separando parte do salário para isso.
É o que mostra a pesquisa “Panorama Cripto da América Latina”, realizada pela corretora cripto Bitso com seus clientes no Brasil, Argentina, Colômbia e México.
De acordo com os dados divulgados pela pesquisa, é possível identificar que o investidor da região costuma comprar criptomoedas em datas próximas ao recebimento do salário. A mudança de comportamento é importante para identificar tendências com relação ao perfil do investidor latino-americano, que ainda possui divergências entre os países pesquisados.
Além disso, a estratégia de investir mensalmente em bitcoin ou outras criptomoedas segue em linha com o recomendado por especialistas para aportes na classe de ativos. Alguns apontam a estratégia "Dollar-Cost-Averaging" como uma boa opção para os investidores que não almejam se tornarem traders.
“Na primeira metade deste ano, testemunhamos marcos significativos que fortaleceram a confiança na indústria cripto e impulsionaram o crescimento da base de usuários em todos os países onde a Bitso opera. No Brasil, a pouca diversificação das carteiras em torno a ativos mais líquidos, como moeda fiat e stablecoins, e a alta concentração em bitcoin e altcoins nos sinaliza uma estratégia patrimonial voltada a ganhos maiores no longo prazo. É possível que fenômenos importantes que aconteceram no semestre passado, como o halving do bitcoin, tenham contribuído para reforçar esse comportamento", disse Thales Freitas, CEO da Bitso Brasil.
Sobrea inclusão das criptomoedas no planejamento financeiro do investidor, Thales complementou:
“Essa mudança de postura reflete um afastamento daquela visão especulativa, que havia no passado, em direção a uma mentalidade mais estratégica. A inclusão de criptoativos no portfólio já não é vista como uma simples aposta de risco, mas sim como uma oportunidade de diversificação e potencialização dos retornos”.
O Brasil é o país que mais investe em bitcoin das áreas pesquisadas pela Bitso. Apesar disso, o país não é o que mais compra bitcoin, indicando que há uma acumulação da criptomoeda para investimentos de longo prazo.
Ao contrário do investidor de outras regiões, o investidor brasileiro não busca liquidez, mas sim retornos maiores com o bitcoin e outras criptomoedas, ao invés de optar por stablecoins, que acompanham o valor de ativos como o dólar.
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