Future of Money

Criptomoedas ainda têm espaço para crescer no Brasil, mostra pesquisa da B3

Levantamento aponta que rejeição a ativos digitais atinge menos de um terço dos investidores brasileiros, com alguns investindo apenas no segmento

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 9 de setembro de 2024 às 16h47.

Última atualização em 9 de setembro de 2024 às 17h27.

Tudo sobreCriptomoedas
Saiba mais

A B3 divulgou neste mês uma pesquisa que busca traçar o perfil dos investidores brasileiros, após um levantamento realizado entre os meses de setembro e outubro de 2023. Entre os ativos avaliados estão as criptomoedas que podem ter espaço para crescer no mundo dos investimentos.

A edição de 2024 do relatório trouxe como novidade dois novos perfis de investidores que se juntaram às nove categorias oficiais: os brasileiros que investem apenas em poupança e os brasileiros que só investem em criptomoedas. Há, ainda, perfis com foco em Tesouro Direto, fundos imobiliários, iniciantes e os chamados day traders.

Em geral, a maior parte dos investidores (43% dos entrevistados) pertence ao perfil que prioriza a previsibilidade ao tomar suas decisões de investimento, focando os títulos de renda fixa. O segundo perfil mais comum (21%) é de investidores que mantêm o capital em conta-corrente e com aplicações automáticas em renda fixa.

Ao avaliar os cinco investimentos mais comuns dos nove grupos originais, as criptomoedas não apareceram em nenhuma lista. Ao mesmo tempo, o grupo de ativos é o segundo mais rejeitado por todos os nove perfis originais, perdendo apenas para a poupança, que lidera em todos os grupos.

Mesmo com a rejeição, os números indicam que ainda pode haver espaço para uma adoção maior desses ativos entre investidores. Em geral, as moedas digitais tiveram uma rejeição que variou entre 26% (perfil dos day traders) até 34% (perfil dos "sofisticados nos investimentos").

Ou seja, a rejeição a essa classe de ativos entre investidores brasileiros corresponde a cerca de um terço. Por outro lado, o foco em previsibilidade indicado pela alta prevalência desse perfil entre os investidores pode ser um dos grandes entraves ao segmento, que é conhecido pela alta volatilidade.

Investidores que aplicam apenas em cripto

No caso dos investidores que possuem apenas criptomoedas nas suas carteiras, a pesquisa da B3 indica que o principal motivo para a estratégia é a busca por"rentabilidade e o aumento de patrimônio e de capital". A pesquisa não revelou a fatia correspondente ao grupo com relação ao total de entrevistados.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir

"Trata-se de um grupo focado em crescimento financeiro. A maioria prefere investir para obter resultados no médio prazo. Este traço pode indicar que essas pessoas equilibram retorno financeiro e liquidez", aponta a pesquisa.

Entre esse grupo, 41% dos entrevistados disseram que mantêm a estratégia de investimento mesmo com perdas ou ganhos, indicando uma tolerância de nível médio ao risco. A pesquisa da B3 indica ainda que "riscos minimizados e rentabilidade, nessa ordem, são os fatores mais importantes para o perfil".

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasB3

Mais de Future of Money

KuCoin vê "aceitação crescente" de criptomoedas e promete presença maior na América Latina

Bitcoin tem melhor setembro da história e próximo trimestre será “o mais favorável", dizem analistas

Nova criptomoeda dispara quase 400% e vira recomendação do BTG em outubro, descubra qual é

EigenLayer conclui distribuição gratuita de criptomoeda, que estreia no mercado