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Cripto continua "inevitável" e bitcoin deve superar outros ativos em 2024, projeta relatório

Empresa de análise Messari acredita que maior criptomoeda do mercado não subirá tanto quanto em 2023, mas cenário é positivo

Bitcoin valorizou mais de 150% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin valorizou mais de 150% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 16h01.

A empresa de inteligência de mercado Messari divulgou nesta semana o seu relatório com previsões para o segmento de criptomoedas em 2024. No caso do bitcoin, a companhia espera que o ativo continue valorizando no próximo ano, mas menos que em 2023. Ao mesmo tempo, ela espera que a moeda digital continue superando ativos tradicionais.

Na visão da empresa, ainda é difícil no momento projetar o desempenho no curto prazo do bitcoin, mas a sua "atratividade quando analisamos longos períodos de tempo é indiscutível a essa altura". Já em 2024, um elemento central para o desempenho do ativo será o Federal Reserve.

A Messari avalia que as decisões do banco central dos Estados Unidos em torno do ciclo de alta de juros do país - com uma sinalização de pausa e cortes futuros - serão essenciais para determinar a trajetória do bitcoin no próximo ano. Entretanto, também será preciso entender qual grau de correlação o ativo terá com o mercado de ações.

Dentro desse cenário positivo, a companhia afirma que as criptomoedas "continuam inevitáveis" em um cenário de digitalização da economia.

"Por outro lado, a tese de longo prazo para o bitcoin é simples. Tudo está se tornando digital. Os governos estão excessivamente endividados e continuarão a imprimir dinheiro até falharem completamente. Existem apenas 21 milhões de bitcoins que se tornarão disponível para investidores", afirma a empresa.

Destacando ainda que o próximo ano contará com o chamado halving do bitcoin, a Messari vê um cenário favorável para a criptomoeda em 2024, mas não com o mesmo nível de valorização deste ano - na casa dos 150%.

"Provavelmente não veremos mais uma alta de 100% para o bitcoin, mas o ativo pode facilmente superar outras classes de ativos estabelecidas mais uma vez em 2024", avaliou a empresa no relatório. Para a Messari, ainda há espaço de recuperação para o ativo em relação às máximas de 2021.

Além disso, a empresa ressalta a chance da correlação entre a criptomoeda e o ouro aumentar: "A eventual paridade com o ouro renderia um preço para o bitcoin de mais de US$ 600 mil. E lembre-se: o ouro tem muitas das mesmas tendências macroeconômicas favoráveis, de modo que o preço não é necessariamente um teto".

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