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Compra de R$9 bilhões em 5 minutos leva bitcoin ao maior preço desde maio

Sequência de ordens gigantes no mercado à vista ajuda a impulsionar preço do bitcoin, que voltar a superar a marca de US$ 1 trilhão em valor total de mercado

Bitcoin volta a subir nesta quarta-feira, atinge maior valor desde maior e valor mercado ultrapassa US$ 1 trilhão mais uma vez (Yuichiro Chino/Getty Images)

Bitcoin volta a subir nesta quarta-feira, atinge maior valor desde maior e valor mercado ultrapassa US$ 1 trilhão mais uma vez (Yuichiro Chino/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 6 de outubro de 2021 às 13h47.

Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 15h37.

O bitcoin voltou a fazer a alegria dos investidores nesta quarta-feira, 6, quando superou os 55 mil dólares, atingindo seu maior preço dos últimos cinco meses. Com a alta, a criptomoeda voltou a superar a marca de 1 trilhão de dólares em valor total de mercado.

A alta da maior criptomoeda do mundo começou no último dia de setembro, quando estava cotado abaixo de 41 mil dólares. Nos últimos dias, entretanto, o movimento ganhou força, passando de 50 mil pela primeira vez desde maio na última terça0feira. Nesta quarta, entretanto, o ativo digital acumula mais de 10% de ganhos, que o levou a superar a marca dos 55 mil dólares.

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Uma das explicações para o movimento foi a execução de diversas ordens de compra a mercado que totalizaram 1,6 bilhão de dólares (8,84 bilhões de reais) em bitcoin e que foram abertas em um intervalo de 5 minutos, provavelmente por um mesmo investidor - a informação foi divulgada pela ferramenta de análise CryptoQuant.

Ki Young Ju, especialista da CryptoQuant, afirmou que o movimento de alta "está relacionado com 'baleias' comprando, não efeito cascata de liquidações [de posições vendidas]". Ele ainda afirmou que as liquidações foram relativamente pequenas no momento em que o preço acelerou para cima, em torno de 17 milhões de dólares.

Liquidações de posições no mercado de derivativos têm grandes chances de provocar um efeito de bola de neve no mercado. Esse mecanismo, que existe para garantir que os investidores desfaçam suas posições antes de perderem tudo quando o mercado anda no sentido oposto ao que apostaram, e assim conseguirem pagar o valor que tomaram emprestado em alavancagem, costuma fortalecer a tendência de preço.

Por exemplo, quando o preço sobe, quem apostava na sua queda tem suas posições vendidas liquidadas, aumentando o número de compras e empurrando o preço para cima. Quando o preço cai, posições compradas, que apostavam na alta, são liquidadas, aumentando as vendas e jogando os preços mais para baixo.

No entanto, este não parece ser o caso da alta atual, que se explica pelo aumento de ordens de compra no mercado à vista, como a compra bilionária divulgada pela CryptoQuant e o aumento no volume de negociações de 46,5% em relação ao dia anterior.

Além disso, notícias positivas recentes sobre o mercado cripto também favorecem a alta, em especial as palavras do presidente do Fed, dizendo que a autoridade não tem a intenção de banir o bitcoin e as criptomoedas nos EUA.

Nesta quarta-feira, a notícia de que o fundo bilionário de George Soros está investindo em criptomoedas e vê com bons olhos as aplicações de finanças descentralizadas (DeFi), indicando que a adoção institucional do mercado cripto segue a todo vapor, também pode ter ajudado a animar o mercado.

Com a alta, o bitcoin voltou a superar a marca de 1 trilhão de de dólares em valor de mercado, que também não era atingido desde maio. No momento, o market cap da criptomoeda é de 1,05 trilhão de dólares - o mercado de criptoativos como um todo soma 2,3 trilhões de dólares em valor de mercado, o que significa uma dominância de 45% do bitcoin.

Depois de chegar à máxima do dia em 55.172 dólares, segundo o CoinMarketCap, o preço do bitcoin sofreu leve recuo, sendo negociado no momento a 54.750 dólares, alta de 10% em relação ao dia anterior. Nas corretoras brasileiras, o bitcoin, impulsionado também pela alta do dólar, é negociado na faixa de 300 mil reais.

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