(FroYo_92/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 11h52.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2024 às 12h20.
Nesta segunda-feira, 19, o mercado de criptomoedas inicia a semana de maneira otimista, tendo movimentado mais de US$ 60,5 bilhões nas últimas 24 horas. As principais criptos são negociadas no verde e apesar da soberania do bitcoin como a maior do mundo com valor de mercado acima de US$ 1 trilhão, outro ativo se destaca: Polygon (Matic).
No momento, a Matic, criptomoeda nativa da rede Polygon, é cotada a US$ 0,98 com alta de 4,53% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. No período, a Matic é a criptomoeda que mais subiu entre as 20 maiores em valor de mercado.
Nos últimos 30 dias a Matic acumula alta de 25,87%, apesar de ter subido apenas 1,71% desde o início do ano.
A razão para a boa performance da Matic recentemente se deve às inovações em sua rede e os benefícios que isso pode trazer para a tecnologia blockchain no futuro, de acordo com João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.
"A performance de Matic tem sido notável nas últimas semanas, impulsionada em grande parte por desenvolvimentos tecnológicos significativos na sua infraestrutura. A implementação da ‘Aggregation Layer’, por exemplo, tem sua versão inicial (v1) programada para ser lançada no dia 23”, disse ele em entrevista à EXAME.
“A solução é projetada para integrar os blockchains do ecossistema Polygon, unificando a liquidez das redes e compartilhando ambientes de execução. Essa abordagem busca combinar benefícios de redes monolíticas e modulares, empregando tecnologias de Prova de Conhecimento Zero [Zero Knowledge]”, explicou Galhardo.
Os mesmos motivos ainda devem colaborar para novas altas da Matic no futuro, considerando as perspectivas promissoras para os desenvolvimentos na rede e a recepção positiva de investidores.
“A capacidade da Polygon de concretizar seu ambicioso roadmap, por meio dos diversos upgrades divulgados nas últimas semanas, tem recebido uma recepção positiva dos investidores. É de esperar que essa tendência de alta do criptoativo siga seu rumo conforme mais implementações são anunciadas e integradas na rede principal", disse Galhardo à EXAME.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 52.109, com alta de 0,47% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. No entanto, a principal criptomoeda atingiu recentemente o marco de US$ 1 trilhão em valor de mercado e já subiu cerca de 23% desde o início do ano.
"A recente alta do bitcoin pode ser atribuída em grande parte aos influxos de capital nos principais ETFs de bitcoin à vista. Indo mais a fundo, podemos destacar os ETFs administrados pela BlackRock e Fidelity. Juntos, eles superaram a marca de US$ 10 bilhões em ativos sob custódia, representando quase metade do tamanho do GBTC, o maior ETF do setor”, explicou João Galhardo, da Mynt.
“A continuidade dessa tendência, juntamente com fatores como a proximidade do halving, sugere um ambiente favorável para a continuação da valorização do bitcoin, que recentemente voltou à marca de US$ 1 trilhão em capitalização de mercado, algo que não acontecia desde novembro de 2021", acrescentou o analista.
Já o ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum e atual segunda maior do mundo em valor de mercado, é cotado a US$ 2.901 com alta de 3,35% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.
A cripto nativa da rede Ethereum ganhou destaque após a aprovação dos primeiros ETFs de bitcoin à vista nos EUA, já que gigantes como a BlackRock já possuem solicitações para ETFs de ether à vista no país. Desde o início do ano, o ether já subiu mais de 27%. Especialistas do Bernstein apontam que o ether pode ser o "próximo queridinho" de investidores institucionais.
"Sobre Ethereum, temos a atualização Dencun (com data marcada para 13 de março), que deve baratear consideravelmente as taxas dos rollups, soluções de segunda camada voltadas para a escalabilidade da rede principal”, disse Galhardo.
“Além disso, também estão no radar os ETFs de ether à vista, que têm como data final para aprovação o mês de maio. Grandes intituições como BlackRock, VanEck, ARK, Fidelity, e recentemente a Franklin Templeton, estão entre as que submeteram pedidos para a listagem desses ETFs”, concluiu o analista.
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