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Com alta do bitcoin, negociação de ETFs cripto da B3 sobe até 167%

Volume de negociação de HASH11, QBTC11 e QETH11, três dos principais ETFs de criptomoedas do Brasil, sobe consideravelmente em dia de alta expressiva do bitcoin

ETFs de criptomoedas listados na B3 tiveram forte aumento no volume negociado em dia de alta no preço do bitcoin (24K-Production/Getty Images)

ETFs de criptomoedas listados na B3 tiveram forte aumento no volume negociado em dia de alta no preço do bitcoin (24K-Production/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 7 de outubro de 2021 às 16h31.

Última atualização em 7 de outubro de 2021 às 16h35.

Na última quarta-feira, 6, o preço do bitcoin atingiu seu maior valor desde o início de maio. E o fluxo comprador que levou a criptomoeda acima de 55 mil dólares se refletiu também em outros produtos do mercado cripto, como os ETFs.

O HASH11, primeiro ETF de criptoativos do país, por exemplo, registrou aumento de 167% no volume de negociação em relação à média dos 21 dias anteriores, de 39,7 milhões de reais. "Foi um dia bastante positivo para o mercado cripto. Nosso ETF HASH11 passou de 106 milhões de reais em negociação, ou cerca de 2 milhões de ações", disse Stefano Sergole, sócio da Hashdex, gestora responsável pelo fundo.

A informação foi dada durante o BTG Invest Talks, evento online realizado pelo banco BTG Pactual e que reuniu grandes nomes do mercado financeiro, como Luiz Barsi, Dorio Ferman, Gustavo Cerbasi e André Esteves, entre muitos outros.

Em painel sobre criptoativos, além de Stefano, da Hashdex, estiveram presentes Lucas Claro, diretor de Análise Técnica do BTG Pactual, Alex Nascimento, professor de blockchain na Universidade da Califórnia (UCLA) e André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual e um dos responsáveis pelo projeto da Mynt, plataforma de investimento direto em criptoativos recém-anunciada pelo banco de investimentos.

Os ETFs de cripto da gestora QR Asset Management também tiveram grande aumento no volume de negociação na quarta-feira. O QBTC11, de bitcoin, registrou volume de 14,6 milhões de reais, quase três vezes mais do que a média dos últimos 21 dias, de 4,9 milhões. No caso do QETH11, o volume de 5,9 milhões de reais da quarta-feira foi apenas 10% maior do que a média das últimas três semanas, de 5,4 milhões.

Apesar do aumento da procura pelos fundos negociados em bolsa, os principais ETFs de cripto do Brasil ainda ficaram longe do volume mais alto já registrado em suas histórias. No caso do HASH11, o recorde é de 330 milhões de reais, mais de três vezes o valor movimentado na última quarta. O volume recorde em um único dia do QBTC é de 41,8 milhões de reais (quase três vezes acima do registrado na quarta-feira) e do QETH11 de 22,2 milhões de reais (quase quatro vezes).

A alta no preço do bitcoin foi movida principalmente pelo aumento no fluxo comprador. Em determinado momento, uma sequência de ordens de compra executadas em um intervalo de 5 minutos totalizaram quase 1,6 bilhão de dólares (quase 9 bilhões de reais). O volume de negociação, segundo o CoinMarketCap, chegou a subir 46% em relação ao dia anterior.

O aumento do interesse pela criptomoeda pode estar ligado também às notícias positivas sobre o setor nos últimos dias, em especial o anúncio do presidente do Fed, o sistema de bancos centrais dos EUA, de que o órgão não tem intenção de banir as criptomoedas no país. Além disso, a confirmação de que o fundo de George Soros tem operado no mercado cripto e o relatório positivo do Bank of America sobre o setor também ajudaram a animar os investidores.

Nesta quinta-feira, entretanto, o ímpeto comprador parece ter reduzido. Depois de chegar a 55.568 na máxima das últimas 24 horas, o bitcoin é negociado no momento a cerca de 54.100 dólares. A dificuldade em romper a resistência entre 55.000 e 56.000 dólares, entretanto, já era esperada por especialistas e não significa necessariamente uma reversão de tendência. Ao contrário: segundo analista, a perspectiva é de novas altas para a maior criptomoeda do mundo.

Assista o painel sobre criptoativos do BTG Invest Talks, na íntegra, no player abaixo:

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