CEO do JPMorgan, Jamie Dimon mantém críticas ao bitcoin: ‘Não tem valor’
Com histórico de críticas ao bitcoin e outras criptomoedas, Dimon voltou a afirmar que não é otimista sobre futuro do ativo
Repórter do Future of Money
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 16h04.
Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 16h12.
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan , voltou a criticar o bitcoin nesta semana. O executivo é conhecido por compartilhar comentários negativos contra as criptomoedas e, diferentemente de outros líderes do mercado financeiro, não mudou de ideia nos últimos anos. No último domingo, 12, ele reforçou sua posição.
Questionado sobre sua visão em relação ao bitcoin, Dimon disse que o ativo "não tem nenhum valor intrínseco" e que ele era "majoritariamente usado por traficantes sexuais, para lavagem de dinheiro e para golpes cibernéticos. Então eu não sou otimista sobre o bitcoin".
Dimon opinou ainda que "nós vamos ter algum tipo de moeda digital em algum momento. Eu não sou contra cripto", mas reforçou que esse papel não deverá ser cumprido pelos ativos digitais que existem atualmente no mercado.
Apesar da sua opinião negativa, ele novamente defendeu o direito de investir nesses ativos: "Eu celebro a sua habilidade de comprar e vender isso [ o bitcoin ]. Assim como eu penso que você deve ter o direito de fumar, mas eu não acho que você deveria fumar".
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No passado, o CEO do JPMorgan já se referiu ao bitcoin como uma “pedra de estimação” porque “não faz nada”. Ele também disse que os casos de uso do bitcoin são ligados a “fraude, lavagem de dinheiro, tráfico sexual e evasão fiscal” e que sua recomendação pessoal é “não se envolver”.
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Mesmo com as críticas do executivo, o JPMorgan possui diversas iniciativas envolvendo ativos digitais. O banco criou o Onyx, a sua rede blockchain própria, e uma criptomoeda própria, além de ter revelado recentemente que possui investimentos nos ETFs de bitcoin dos EUA.
CEO da BlackRock reconheceu erro sobre bitcoin
A visão de Dimon não é incomum no mercado financeiro, mas tem perdido espaço. Larry Fink, CEO da BlackRock, reconheceu em julho de 2024 que errou nas suas críticas ao bitcoin e disse que a criptomoeda era um "instrumento financeiro legítimo" comparável ao ouro.
O CEO explicou que sua opinião mudou após estudar mais o tema. Agora, ele se classifica como um "grande fiel" da criptomoeda, destacando as diferentes vantagens em investir no ativo, em especial como uma forma de diversificação de carteira e proteção de patrimônio. A BlackRock também criou um ETF da criptomoeda.
Na visão de Fink, o bitcoin "deveria fazer parte do portfólio de todos os investidores", já que o ativo oferece mais controle e independência financeira para seus donos e está cada vez mais sem correlação com alguns ativos mais tradicionais do mercado.