Future of Money

CEO da Binance pretende doar sua fortuna e diz "não entender a dogecoin"

O CEO da maior corretora de criptomoedas do mundo afirmou em entrevista que não entende as criptomoedas-meme como dogecoin e pretende doar até 99% de sua fortuna

Changpeng Zhao é o maior acionista da Binance, mas diz não precisar de muito para viver (Binance/Divulgação)

Changpeng Zhao é o maior acionista da Binance, mas diz não precisar de muito para viver (Binance/Divulgação)

Coindesk

Coindesk

Publicado em 17 de novembro de 2021 às 18h13.

Última atualização em 17 de novembro de 2021 às 18h42.

O CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, diz que planeja doar até 99% de sua fortuna, segundo o próprio contou em entrevista à Associated Press nesta quarta-feira, 17. O CEO da maior corretora de criptomoedas do mundo também disse que “não entende” a dogecoin, criptomoeda-meme inspirada em um cachorro da raça shiba inu — e que está listada na sua corretora, onde passou por problemas na última semana.

“Pessoalmente, sou financeiramente livre. Não preciso de muito dinheiro e posso manter meu estilo de vida desta forma. Pretendo doar a maior parte da minha fortuna, como muitos empresários ou fundadores ricos fizeram desde Rockefeller até hoje. Tenho a intenção de doar 90%, 95% ou 99% de minha riqueza”, disse Zhao.

Zhao também afirmou que não faz muitos investimentos pessoais. Ele comprou alguns bitcoins em 2014 e disse que manteve a maioria deles. Ele afirma que a maior parte de seu patrimônio líquido está em binance coin (BNB) e que pessoalmente não possui investimentos em nenhum outro projeto, sejam eles criptoativos ou não, para evitar potenciais conflitos de interesse.

A Forbes estima a fortuna de Zhao em 1,9 bilhão de dólares, mas ele provavelmente possui muito mais, já que é o maior acionista da Binance — recentemente, o Wall Street Journal relatou que ex-executivos da Binance acreditam que a empresa poderia valer até 300 bilhões de dólares se abrisse o capital.

Quando questionado a respeito de suas ideias sobre criptomoedas que começaram como uma piada, mas subiram significativamente em valor, como dogecoin e shiba inu (SHIB), Zhao afirmou: "Para ser honesto, eu não entendo a dogecoin". Por outro lado, acrescentou que “isso mostra o poder da descentralização": "O que eu acho pode ou não importar. Se um número grande o suficiente de pessoas na comunidade a valoriza porque é fofa, porque gosta do meme, então ela tem valor”, continuou CZ.

Ele também afirmou que o maior fator que impede o crescimento do universo cripto é a pouca facilidade de uso, e não a sua volatilidade, que freqüentemente é citada como a principal razão para isso. “[As corretoras centralizadas] mantêm a custódia das moedas das pessoas. [Mas] como manter seus tokens em segurança é um fator de limitação fundamental. Atualmente, não fornecemos ferramentas fáceis de usar que também sejam seguras o suficiente. Mas acho que, à medida que a indústria evolui, as coisas vão melhorar”.

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube

Acompanhe tudo sobre:CriptoativosCriptomoedasFinançasForbesMercado financeiroWall Street Journal

Mais de Future of Money

Trump escolhe ex-jogador de futebol americano Bo Hines como diretor de "conselho de cripto"

Bitcoin tem pior semana desde a eleição de Donald Trump

Perspectivas para as inovações financeiras e o segmento fintech em 2025

Como o Brasil se tornou líder no mercado de criptomoedas na América Latina?