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Bloomberg: gestores sem exposição a criptomoedas podem ficar para trás

Crescimento do mercado cripto, que se tornou uma classe de ativos de quase US$ 3 trilhões, gestores sem exposição colocam carreira em risco, diz especialista da Bloomberg

Especialista da Bloomberg diz que gestores devem buscar exposição às criptomoedas (Jirapong Manustrong/Getty Images)

Especialista da Bloomberg diz que gestores devem buscar exposição às criptomoedas (Jirapong Manustrong/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

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Publicado em 3 de novembro de 2021 às 19h20.

As criptomoedas estão mudando os riscos para a carreira de gestores financeiros. Segundo o estrategista sênior de commodities da Bloomberg, Mike McGlone, o novo mercado já coloca em situação mais difícil aqueles que não têm exposição aos ativos digitais, em relação aos que já têm posição neste mercado, e isso, de acordo com ele, destaca uma mudança radical na aceitação institucional do bitcoin e das finanças descentralizadas (DeFi).

A edição de novembro do Crypto Outlook da Bloomberg descreveu 2021 como apenas mais um ano de fundação para o mercado de criptomoedas, destacando ainda mais a proposta de valor de longo prazo dos ativos digitais. Nesse ambiente, os gestores de capital “correm o risco de ficar para trás e apresentar desempenho inferior ao de seus pares que possuem criptoativos”, escreveu McGlone. “Nosso gráfico mostra o desempenho acima de 200% dos índices Bloomberg Galaxy Crypto e DeFi em 2021 contra o S&P 500", acrescentou.

Embora as criptomoedas exibam uma volatilidade maior do que investimentos mais tradicionais, as negociações de ativos como bitcoin e ether "parecem estar atraindo compradores responsivos, muitos dos quais enfrentam o potencial de ficar para trás evitando alocações em criptomoedas".

"Os mercados em alta são sobre expectativas positivas e vemos muitas à frente para Bitcoin e Ethereum. O lançamento de ETFs de bitcoin nos EUA aparece como uma iteração para chegar ao que pode facilitar para a maioria dos investidores - ETFs rastreando o mercado de cripto, como o S&P 500", publicou, no Twitter.

McGlone explicou ainda que “espera-se que os gestores captem as grandes tendências antes das massas”, um feito que se torna muito mais difícil se eles confiarem em estratégias de portfólio tradicionais, como alocar 60% em ações e 40% em títulos. Muitos gestores de patrimônio alertaram que o portfólio tradicional de 60-40 não é mais suficiente no mercado de hoje.

No início de outubro, McGlone já havia publicado uma previsão, que mais tarde se mostrou correta, sobre os estágios iniciais do rompimento do bitcoin no quarto trimestre, argumentando que a resistência de US$ 50.000 teria se transformado em suporte. O analista disse que o bitcoin a US$ 100.000 é uma possibilidade real ainda para 2021 - visão que foi reiterada no último relatório.

No momento da publicação deste artigo foi escrito, a principal criptomoeda do mundo é negociada a US$ 63.027, segundo o CoinMarketCap. O bitcoin atingiu um pico acima de US$ 67.000 em outubro antes da pequena correção até o preço atual.

Michael Sonnenshein, CEO da Grayscale, Jeffrey Wang, do Amber Group, e Edouard Hindi, da Tyr Capital, a perspectiva é de que os gestores de investimento e consultores financeiros desempenhem um papel cada vez maior no mercado cripto. No primeiro trimestre, os três executivos avaliaram o interesse institucional no setor e afirmaram que o risco para investir em criptomoedas havia diminuído consideravelmente.

A "cartada" final, segundo Edouard Hindi, podem ser os padrões fiduciários: “Agora que as barreiras regulatórias e de custódia estão caindo lentamente, o que ainda pode estar impedindo uma adoção mais ampla de criptomoedas por consultores financeiros é a percepção de que os 'padrões fiduciários' permanecem um desafio em defender abertamente que a classe de ativos seja incluída nas carteiras dos clientes".

por Cointelegraph Brasil

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