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Blockchain da Coinbase tem investimentos abaixo do esperado após estreia

Lançamento para o público atraiu fluxo positivo de US$ 10 milhões, mas atividade na rede caiu 40% em relação ao dia anterior

Coinbase lançou blockchain próprio para o público (NurPhoto/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de agosto de 2023 às 15h07.

A corretora de criptomoedas Coinbase realizou na quarta-feira, 9, o lançamento para o público do seu blockchain próprio, o Base. Entretanto, o desempenho da rede logo depois da estreia oficial ficou aquém do esperado pelo mercado, até considerando números da fase de testes.

Dados reunidos na plataforma Dune Analytics mostram que o projeto registrou um saldo de entrada de US$ 10 milhões (cerca de R$ 49 milhões, na cotação atual) de usuários nas 24 horas posteriores à estreia. Ao todo, foram 15 mil novos usuários, mas o número de transações na rede caiu 40% em relação ao dia anterior.

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Os dados apontam ainda que, em média, as transferências feitas pelos usuários para o blockchain variaram entre US$ 500 e US$ 1 mil, usando principalmente a criptomoeda ether. A maior transferência foi de US$ 17 milhões, por uma única carteira, usando diferentes tokens.

O desempenho aquém do esperado pelo mercado pode estar ligado a um sucesso anterior que também surpreendeu, mas positivamente. O principal responsável pela alta atividade e fluxo de entrada na rede durante a fase de testes foi a criptomoeda meme BALD.

Ela chegou a atrair um volume de negociação acima dos US$ 60 milhões em poucas horas para o blockchain, antes de perder quase todo o seu valor de mercado e deixar investidores no prejuízo. O lançamento do ativo chegou a fazer o Base superar redes consolidadas no mercado, como a Arbitrum.

Agora, sem o impulso da criptomoeda meme, o projeto enfrenta uma realidade mais dura, marcada por uma forte competição entre redes de segunda camada vinculadas à Ethereum, caso do Base. Mesmo assim, a Coinbase aposta na sua capacidade de atrair mais usuários e desenvolvedores.

A empresa já anunciou que mais de 50 empresas fecharam parcerias para lançarem projetos com criptoativos que serão baseados no blockchain. Entre as companhias, estão nomes importantes do mercado como a Coca-Cola e a Atari. A ideia é que as coleções de ativos dessas empresas ajudem na adoção da rede.

Além disso, a exchange também pretende distribuir 100 ethers, cerca de US$ 183 mil, em bolsas de apoio para equipes que pretendem criar novos produtos hospedados no Base. A rede se propõe a ser uma solução de escalabilidade para o mercado e é ligada à Ethereum .

O que é o Base?

A Coinbase afirma que o Base vai atuar como uma "ponte" com outras redes para o desenvolvimento de projetos em Web3 . O blockchain faz parte do ecossistema do Optimism e compõe uma iniciativa do projeto para criar uma "Superchain", reunindo diferentes redes,

A exchange ressalta que o Base terá como principais vantagens uma interface de fácil uso para desenvolvedores, tarifas baixas ou até gratuitas, segurança e acesso aberto para qualquer programador interessado em desenvolver o seu próprio aplicativo descentralizado (dApp, em inglês).

O objetivo final é "trazer os próximos 1 bilhão de usuários para a criptoeconomia". A corretora de criptomoedas afirmou ainda que todos os seus produtos passarão a ser integrados ao blockchain. "Para trazer bilhões de usuários para a criptoeconomia, os dApps precisam ser mais fáceis, baratos e seguros de interagir. Para que isso aconteça, precisamos tornar ainda mais fácil para os desenvolvedores criar esses dApps", observa a companhia.

A ideia é que o Base permita interações com outros blockchains de segunda camada e alguns de primeira camada, incluindo a Ethereum e a Solana . Com isso, os desenvolvedores poderão operar onde quiserem, mas o Base servirá como um "ponto de partida".

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