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(Bruno Faiotto/Exame)
Editora do Future of Money
Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 10h38.
Nesta sexta-feira, 19, o bitcoin é negociado "de lado", com pouca variação de preço nas últimas 24 horas. Enquanto absorveu o "choque" da elevação de juros no Japão, o mercado cripto ainda apresenta a menor capitalização desde abril deste ano, o que pode preocupar investidores quanto a um possível fim do mercado de alta visto no setor desde a aprovação dos ETFs de bitcoin no início de 2024.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 87.872, com queda de 0,1% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a maior criptomoeda do mundo ainda acumula queda de 4,8%.
O Índice de Medo e Ganância, utilizado para medir o sentimento do mercado cripto, ainda sinaliza "medo extremo" em 16 pontos, uma de suas pontuações mais baixas.
"O mercado cripto voltou a demonstrar elevada sensibilidade ao ambiente macroeconômico global, mas também certa capacidade de absorver choques. Mesmo após o Banco do Japão elevar os juros ao maior nível em três décadas — movimento que, em tese, poderia pressionar ativos de risco via redução do carry trade em iene — o bitcoin reagiu em alta, saindo da região de US$ 85.2 mil para US$ 88 mil em poucas horas", disse Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"A leitura predominante é de que a decisão já poderia estar precificada, o que explica a ausência de um movimento defensivo mais forte, refletido também na alta dos futuros do Nasdaq. Do ponto de vista técnico, o avanço do RSI para 44 indica arrefecimento da pressão vendedora observada nas últimas semanas. Uma eventual superação da linha de 50 seria um sinal mais claro de retomada do momentum positivo e poderia recolocar no radar níveis mais ambiciosos para o bitcoin, inclusive a região dos US$ 100 mil", acrescentou.
"Ainda assim, o fato de o valor total do mercado cripto ter recuado para US$ 2,93 trilhões — o menor patamar desde abril — mostra que o investidor segue cauteloso, com o fluxo ainda bastante seletivo e dependente da evolução do cenário global de liquidez e apetite por risco", concluiu o especialista.
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