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Bitcoin tem dia de correção, mas cenário "colabora" para novo recorde de preço

Criptomoeda acumula uma alta de mais de 9% nos últimos sete dias e tem combinação de fatores favoráveis para ultrapassar recorde de preço

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 10h52.

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O bitcoin tem um movimento de correção nesta quinta-feira, 17, alternando entre lateralidade e leves quedas após acumular uma valorização de quase 10% nos últimos sete dias. Apesar disso, analistas apontam que o cenário para a criptomoeda ainda é favorável, sem descartar a possibilidade do ativo registrar um novo recorde de preço.

Dados da plataforma CoinGecko apontam que o bitcoin tem queda de 0,3% nas últimas 24 horas, cotado em US$ 67.193. Já o ether registra valorização de 0,1%, cotado em US$ 2.609. No mesmo período, o mercado de criptomoedas como um todo tem uma queda mais acentuada, de 2,6%.

Lucas Josa, analista da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, afirmou durante o Morning Call Crypto do banco que o movimento de correção da criptomoeda é natural após a forte alta, que fez o ativo chegar ao maior patamar de preço desde julho de 2024. Mesmo assim, a faixa de US$ 66,3 mil segue como um suporte de preço.

"Começa a surgir um otimismo no mercado de que talvez a gente possa estar rompendo esses níveis tão importantes e essa tendência de baixa que existia há um tempo", ressalta. "Em linhas gerais, o bitcoin lidera muito esse movimento de alta. O ether tem tentado romper desde agosto os US$ 2,7 mil e não tem conseguido".

Para Josa, "se os fluxos continuarem, temos boas chances do bitcoin romper um recorde", mas ainda será preciso monitorar desdobramentos no cenário macroeconômico global - em especial nos Estados Unidos - e nos conflitos do Oriente Médio, já que novidades nessas duas esferas podem resultar tanto em novas altas quanto em quedas.

Mesmo assim, o analista destaca que, no momento, "o cenário está colaborando" para um novo recorde de preço. "O cenário é de correções no curto prazo, que podem até ser mais agudas para limpar a alavancagem no mercado", ressalta Josa.

Bitcoin e eleições nos EUA

Matheus Parizotto, que também é analista da Mynt, afirma que as eleições presidenciais nos Estados Unidos também estão no radar dos investidores, em especial os do mercado cripto. Para alguns analistas, o crescimento das chances de vitória de Trump foi o principal responsável pela alta recente do bitcoin.

"Donald Trump tem sido visto como o favorito do mercado cripto, afinal de contas ele foi muito mais enfático em suas comunicações durante a campanha que a Kamala Harris. Então é natural que o mercado se anime mais quando ele tem chances maiores de vitória", avalia.

Porém, o analista considera que "independente de quem seja o vencedor, o bitcoin deve continuar performando muito bem. A diferença deverá ser nas outras criptomoedas, que precisam de um ambiente regulatório mais definido, é o caso de DeFi". Com relação a esses segmentos, uma vitória de Harris deve gerar quedas relevantes, enquanto uma vitória de Trump levaria a movimentos de alta.

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