Repórter do Future of Money
Publicado em 25 de novembro de 2024 às 12h16.
Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 12h24.
Nesta segunda-feira, 25, o bitcoin surpreende ao ser negociado “no vermelho”. Antes do final de semana, a expectativa era que a maior criptomoeda do mundo finalmente ultrapassasse os US$ 100 mil. Embora tenha chegado perto, em US$ 99.600, isso não aconteceu.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 95.353, com queda de 1,6% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Ainda assim, a criptomoeda acumula 42% de alta apenas nos últimos trinta dias.
“No final da última semana, vimos o bitcoin rejeitar a resistência dos US$ 100 mil, recuando para o patamar de US$ 95 mil. Esse movimento reflete uma barreira significativa de ordens de venda, o que reforça a importância dessa faixa como uma resistência psicológica e técnica. Apesar disso, a entrada de capital institucional e de pequenos investidores tem sido notável, o que pode reforçar o apetite do mercado pelas criptos”, disse Israel Buzaym, especialista de criptomoedas do BityBank.
“Após uma semana de significativa valorização, na qual o bitcoin avançou de US$ 89 mil para US$ 99 mil, a criptomoeda inicia a nova semana com price action estável. O ativo estabeleceu um suporte sólido em US$ 95.800 e uma resistência em US$ 98.700, definindo uma faixa de consolidação onde os preços provavelmente oscilarão ao longo da semana”, disse João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.
“Esse comportamento é esperado após um movimento tão expressivo do bitcoin, levando os investidores a buscar exposição em ativos com maior convexidade, como altcoins que estavam com desempenho de preços contido, mas com drivers relevantes no horizonte”, disse Galhardo à EXAME.
“Essa tendência torna-se mais evidente ao analisarmos a dominância do bitcoin, que caiu de 61,7% para 58,8% desde o meio da semana passada — queda com amplitude não vista desde o segundo trimestre deste ano — indicando uma força generalizada das altcoins”, concluiu o especialista.
“Com o capital rotacionando para outros criptoativos, a atenção do mercado se volta para a Altseason, com destaque para ether e SOL. Moedas de plataformas base, ou “base layers”, são as maiores candidatas a capturar essa liquidez, devido ao seu papel essencial no ecossistema cripto”, disse Israel Buzaym.
“No caso do ether, a performance recente abaixo das expectativas pode estar criando uma demanda reprimida. Mesmo com o bitcoin atingindo novas máximas históricas, o ether não conseguiu revisitar seus picos anteriores de US$ 4 mil (2024) e US$ 4.800 (2021). Esse potencial de valorização pode posicioná-lo como uma das grandes apostas para as próximas semanas”, concluiu.
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