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Bitcoin bate recorde e chega a US$ 2,8 trilhões de volume negociado em 2024

Empresa de análises Kaiko aponta que alta nas negociações do ativo estão ligadas à alta volatilidade no ano

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 15h12.

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O bitcoin registrou um volume negociado de US$ 2,8 trilhões nos primeiros oito meses de 2024, atingindo um novo recorde e superando a marca firmada durante seu ciclo de alta de 2021. Os dados foram divulgados pela empresa de análise Kaiko, que também explicou o motivo do recorde da criptomoeda.

De acordo com um relatório da companhia, o volume negociado da criptomoeda entre janeiro de agosto deste ano é 20% maior que o volume dos primeiros oito meses de 2021, de US$ 2,4 trilhões. Com isso, a cifra é a maior da série histórica da empresa, com início em 2012.

Para a Kaiko, o novo recorde em 2024 está ligado principalmente à "alta na volatilidade do mercado de criptomoedas" e de um crescimento na participação de mercado do bitcoin em relação ao total de ativos digitais, com a moeda digital ampliando a sua "dominância" no segmento.

Dados de outras empresas corroboram a avaliação da Kaiko. As métricas da plataforma TradingView indicam que a volatilidade anualizada do bitcoin subiu 100% em abril deste ano, no mesmo período em que a criptomoeda foi negociada com um patamar de preço acima dos US$ 70 mil.

Por trás da volatilidade

Por outro lado, as causas por trás dessa volatilidade variaram ao longo do ano. No primeiro semestre, em especial entre janeiro e abril, ela estava ligada a um otimismo de investidores após o lançamento dos ETFs do ativo nos Estados Unidos e com expectativas de cortes de juros nos EUA.

Já no início deste segundo semestre, a volatilidade está ligada a uma forte aversão a risco entre os investidores, que passaram a se preocupar com uma possível recessão nos Estados Unidos, o que tem superado o otimismo com um aumento nas chances de cortes de juros no país.

Ou seja, se no início do ano a volatilidade envolvia um fluxo de investimentos no bitcoin, no momento ela está atrelada a um movimento de queda da criptomoeda, que voltou a operar em patamares de preço inferiores a US$ 60 mil, distante do recorde observado em março, de US$ 73 mil.

Além dos anos de 2024 e 2021, completam a lista de maiores volumes negociados da criptomoeda entre janeiro e agosto os anos de 2023, com US$ 1,96 trilhões, 2022, com US$ 1,90 trilhões, e 2020, com US$ 779 bilhões. O menor volume já registrado foi o de 2012, em que não houve negociações expressivas.

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