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Binance perde espaço no mundo cripto e chega à menor fatia de mercado em 4 anos

Binance mantém posição como maior corretora de criptomoedas do mundo, mas tem perdido participação de mercado em 2024

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 17h06.

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A Binance atingiu em setembro deste ano a sua menor participação de mercado desde 2020. Um relatório divulgado pela empresa CCData aponta que a maior corretora de criptomoedas do mundo manteve a sua liderança no setor, mas tem tido uma queda na sua fatia de mercado ao longo de 2024.

De acordo com os dados, a Binance registrou uma queda de 2,02% na sua fatia de mercado em setembro, enquanto a Coinbase perdeu 0,68%. O maior crescimento foi da Crypto.com, com uma expansão de participação de mercado no mês na casa dos 4,3%, enquanto a Upbit cresceu 0,53%.

Mesmo com a queda e o menor nível em quatro anos, a Binance ainda possui uma fatia de mercado de 36,59%. Ela é seguida pela OKX, com 14,1%, pela Bybit, com 13,57%, e pela Bitget, com 11%. O dado leva em conta tanto os mercados de negociação à vista quanto de futuros de criptomoedas.

Os dados da CCData indicam ainda que o volume de negociação de derivativos caiu para o menor nível desde outubro de 2023, enquanto a fatia no mercado à vista está no menor nível desde janeiro de 2021. Entretanto, o relatório não apresenta possíveis causas por trás dessa queda.

Negociações em corretoras têm queda

No relatório, a CCData aponta que o volume negociado total em corretoras centralizadas teve uma queda de 17%, caindo para US$ 4,34 trilhões, com o pior resultado mensal desde junho deste ano. Em geral, porém, a empresa atribuiu a queda a uma sazonalidade histórica no mercado.

"A queda no volume mensal de negociação se alinha com o último mês do período de sazonalidade, que normalmente é marcado por menor atividade comercial", explicou. O relatório aponta ainda que "historicamente, o quarto trimestre registra os maiores volumes trimestrais em seis dos últimos 10 anos", indicando um potencial de recuperação nos próximos anos.

"Os volumes mensais de negociação à vista em corretoras centralizadas caíram 17,2%, para US$ 1,27 trilhão, registrando o menor nível desde junho. Da mesma forma, os volumes de negociação de derivativos caíram 16,9%, para US$ 3,07 trilhões, também atingindo seu ponto mais baixo desde junho", pontua.

Segundo a CCData, a combinação de tendências históricas com um aumento da liquidez no mercado após o primeiro corte na taxa de juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve, além das eleições nos Estados Unidos, devem criar um ambiente que favorecerá um crescimento nos volumes das corretoras nos próximos meses.

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